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quarta-feira, 17 de março de 2010

Estudo XIV - COMUNHÃO E CONDUTA CRISTÃS



“Orando em todo tempo no Espírito e para isso vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Efés. 6:18)
A Palavra e o Espírito
“Tomai... a espada do Espírito que é a Palavra de Deus” (Efés. 6:17)
A palavra de Deus é fundamental para a vida cristã. Sem ela, não saberemos quem é Deus, quem somos, como viemos a existir, como somos salvos do pecado, nem qual é nosso destino final. A história dá testemunho de que onde a Bíblia foi abandonada, mesmo que por um breve período, trevas de imensa magnitude assumiram o comando. Isto é verdade na vida individual, como também na Igreja como um corpo.
A revelação de Deus é vista de diversas maneiras (Hebreus 1:1-3). A maravilha dos céus, as belezas da natureza e as maravilhas da vida dão testemunho do Deus criador (Salmos 33:6-9). Mas a revelação de Deus por Seu Filho Jesus e pela Palavra escrita são inigualáveis no sentido de que a primeira nos traz salvação do pecado, e a última dá testemunho do ato salvador de Jesus. Desse modo, a Bíblia nos faz sábios “para salvação pela fé em Cristo Jesus” (2 Timóteo 3:15).
A espada e a batalha
Em Mateus 4:1-11, Jesus nos deu um exemplo de como podemos confiar na Palavra de Deus na guerra contra Satanás. Sua experiência no deserto nos ensina duas lições importantes:
Primeira, a guerra espiritual é real, e nenhum dos filhos de Deus pode escapar da sua realidade ou da violência de Satanás. Segunda, não é suficiente conhecer a Palavra; devemos conhecer o Autor da Palavra e ter confiança em Suas promessas. Satanás tentou usar a Palavra para lançar dúvidas sobre as promessas e propósitos de Deus, mas Jesus confiava na Palavra e seguia o caminho de Deus.
O soldado cristão deve usar essa Palavra, “viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes”(Hebreus 4:12), para penetrar e cortar, discernir o certo do errado e distinguir entre a voz de Deus e as sugestões do diabo. É isso que faz da Palavra uma arma tanto de defesa como de ataque.
A oração e a guerra cristã
Embora Paulo não tenha incluído a oração como parte da armadura cristã, o apóstolo reconhece que esta é indispensável para a vida e vitória cristã (Efés. 6:18).
A oração não é só um princípio essencial para a vida cristã diária; ela também tem uma dimensão escatológica. A oração dá não apenas forças para hoje mas também esperança para as provas do tempo do fim. Uma vida protegida como armadura de Deus, verdade, justiça, paz, fé, salvação e a Palavra- e ligada a Ele em oração- pode ser mais que vitoriosa sobre o mal.
A oração do Getsêmani, em que Jesus derramou o coração em agonia para conhecer e obedecer a vontade de Deus, preparou-O para a batalha decisiva da cruz (Mat. 26:36-46).
A oração e vitória cristã (Efés. 6:18-20)
Nos sistemas não-bíblicos, a oração é a busca do ser humano por Deus, uma procura pelo desconhecido. Na Bíblia, a oração é nossa resposta à Palavra de Deus.
A oração freqüentemente é associada com necessidades pessoais, nossos filhos, nossa família. Quanto mais próxima estiver uma pessoa do nosso coração, mais freqüentemente pensaremos nela em nossas orações. Isso é natural, e não existe nada errado aí. Mas é errado quando a oração se limita só àquele círculo interno e não se expande para incluir os vizinhos, a comunidade, a igreja e, acima de tudo, o apressamento do reino de Deus. A oração pelos outros não significa que devamos ser magnânimos, mas reconhecer que a família de Deus é mais inclusiva do que a natureza humana nos faz crer.
Paulo pediu aos efésios que orassem para que ele fosse uma testemunha corajosa de Cristo e que fosse ousado para falar, como cumpria faze-lo. Que percepção poderosa da mente de alguém que estava morto para o eu!
“Orai sem cessar”(1 Tes. 5:17) exige que ordenemos a vida de acordo com a prioridade de Deus, para que em qualquer hora e qualquer lugar estejamos sintonizados com a vontade e os propósitos de Deus, e nossa vida se torne uma oração, um testemunho.
Entre as suas prioridades, qual é a posição da oração? Que mudança você teria que fazer em sua vida a fim de dar à oração a prioridade que ela deve ter?
Caráter Cristão (Efés. 6:21-23)
Paulo concluiu a epístola assim como começou: com uma saudação bondosa em nome de Jesus.
Os versos finais da epístola afirmam três características maravilhosas do caráter cristão:
Um companheirismo comum. Com palavras ternas, Paulo apresentou aos efésios o mensageiro que levaria sua mensagem – Tíquico. Antes do encontro com Jesus na estrada de Damasco, Paulo não podia ter dito aquelas palavras sobre Tíquico. Mas, no Cristo crucificado, Paulo viu desmoronarem os muros entre os judeus e os gentios. Ele aceitou Tíquico, um converso gentio, como irmão amado e ministro fiel. Nessa aceitação, vemos a glória de um companheirismo comum.
Uma preocupação comum. A comunidade em Cristo ultrapassa todos os tipos de fronteiras para afirmar uma preocupação comum. A Igreja apostólica tinha uma troca de saudações personalizada, compartilhando notícias e ajudando nas necessidades das outras congregações. Preservando esse costume, Paulo informou aos efésios que Tíquico daria um relatório oral das condições em Roma. Essas preocupações contribuem para a consciência global no meio das Igrejas.
Uma herança comum. A herança cristã é imperecível, e vem da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. O discipulado cristão pede uma permanência na relação entre os crentes e o Senhor. Os que têm essa relação de amor eterno, permanente com o Senhor, são os que recebem a herança de paz, amor, fé e graça. Com essas palavras, cada uma representando uma pedra preciosa na sala do trono de Deus no céu, Paulo encerrou a epístola.
A oração é a respiração do cristão, o conduto de todas as bênçãos. Quando a pessoa arrependida faz sua oração, Deus vê suas lutas, observa seus conflitos e percebe suas sinceridades.
Quanto mais vezes você se empenhar em oração, mais será atraído em sagrada proximidade de Deus.




Reproduzido Por: Dc. Alair Alcântara




Liberdade




Não temas, filho! – Josué 11.6

“Disse o SENHOR a Josué: Não temas diante deles,
porque amanhã, a esta mesma hora, já os terás traspassado diante dos filhos de Israel;
os seus cavalos jarretarás (cortar-lhes-ás os tendões) e queimarás os seus carros.” Josué 11.6.
Contexto: Josué é um nome equivalente ao de Jesus, que significa: Ele (Deus) salvará. Os dias do povo hebreu eram espetaculares. Vemos nestes capítulos de Josué um testemunho bíblico inquestionável da Soberania de Deus. Josué, prefigurando Cristo, é o agente pela qual o propósito do Senhor é levado a termo. A cidade de Gibeão fora sitiada por cinco reis (1). Josué havia feito aliança com Gibeão (2); e por este motivo sai para defendê-los. Estes reis que sitiaram Gibeão eram os próximos inimigos a qual o povo hebreu teria de lutar para conquistar Canaã. Nada atrapalha o propósito do Senhor. Josué, homem de Deus, orou (3) e ordenou ao Sol que se detivesse (sabemos que foi a Terra que se deteve, mas o texto foi escrito da perspectiva de Josué), e durante este dia, além dos cinco reis foram derrotados também Maquedá e Libna (4). Depois mais cinco reis caíram. Novas batalhas estão chegando quando o Senhor aparece a Josué prometendo que no próximo dia, os reis listados no capítulo 11, seriam derrotados e que não era para ele temê-los.
Por que não temer? 1 Porque Deus é Soberano quando promete; 2 porque Deus é Soberano quando exerce justiça ; 3 porque Deus é Soberano quando faz cumprir Sua Palavra.
Aplicação: Se eu e você estivermos lutando apenas nossa força, temos todo o motivo para temer. Não iremos longe. Nossa força deve vir do Senhor. Nossa confiança deve ser depositada nEle. Sendo a fé a certeza das coisas que se esperam (5) esta certeza tem de estar calcada em algo firme. Nada é mais firme que Jesus. Ele é chamado de a Rocha. É também o Verbo, a Palavra de Deus encarnada. Ele é o Sim e o Amém de Deus para nós. Ele avisou-nos que teríamos lutas e tribulações, mas deixou claro que venceu por nós (6). Isso nos foi deixado para que tenhamos paz mesmo em momentos de aflições. Ainda que estejamos em meio a tempestades, nosso fundamento é a Pedra Angular, rejeitada pelos religiosos, mas exaltada por Deus; motivo de nossa alegria. Deus ordenou que os tendões dos cavalos fossem cortados, e os carros dos inimigos incendiados, demonstrando que não importa a força do nosso adversário, mas a confiança em ouvir e obedecer a Palavra do Senhor.
Muito se questiona sobre a justiça de Deus, quando este manda aniquilar, não só o exército, mas todo o povo inimigo. Não caia neste questionamento blasfemo. Discutiria o barro com o Oleiro, ou a criatura com o Criador (7)? Deus é amor, mas também é justiça. Ele não está com um martelo sempre pronto para quebrar qualquer vaso desaprovado (nem mesmo os feitos para desonra). Ele é Paciente e Justo. Os próprios cananeus são um exemplo disso. Abraão conviveu com eles. Eles não foram dizimados de uma hora para outra sem motivo. Lemos em Gênesis 15.16: “Na quarta geração, tornarão para aqui; porque não se encheu ainda a medida da iniqüidade dos amorreus.” Deus fala a Abraão que a sua descendência irá para uma terra estranha (Egito), será escrava por quatrocentos anos (8), e que após a quarta geração (quarenta anos no deserto) tornarão a terra dos amorreus (povo que simbolizava a lista dos povos nos versos de Gênesis 15.19-20 e de Josué 11.1-5). Deus não é surpreendido por nada. Ele é soberano. Deus não é injusto, é a Justiça. Através de Josué e sua conquista, traz juízo sobre o pecado daquele povo. O merecido juízo foi cumprido, no tempo certo. O povo que sucumbiu não era inocente. Jesus, o antítipo de Josué (símbolo profético), cumpriu o justo juízo por nós na cruz. Tornou justo o injusto arrependido. E no Grande Dia eliminará o injusto não-arrependido que, de forma alguma é inocente. Assim entendemos: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se” (9). As medidas ainda não foram completadas. O ser humano é responsável por si. Mas o Soberano Juiz agirá com toda a justiça, que excede o nosso entendimento.
Deus mostra a Sua soberania sobre nossa vida da seguinte forma: Ele promete (através da Sua Palavra) e cumpre. “Bem que o coração de Josué podia ter-se abalado não fossem as promessas divinas na noite anterior à da batalha (nosso verso de estudo). Seu ataque acobertado pela noite foi como uma queda de um raio. O efeito foi imediato. O imenso exército se dispersou. O corte do jarrete dos cavalos os inutilizou, e assim Israel não foi tentado a confiar em carros e cavalos” (10). Deus prometeu a Abraão e cumpriu. Deus prometeu a Josué e cumpriu. Sua vontade foi integralmente cumprida. Demorou a um, foi rápido a o outro, mas “nem uma só palavra deixou de cumprir de tudo o que o Senhor ordenara a Moisés” (11), antecessor de Josué. Quando obedecemos ao Senhor, como Josué, podemos esperar vitórias (e lutas) iguais as dele . Deus é Fiel, Justo e Soberano, e não é o tempo que o faz esquecer ou O constrange a agir. Nem nosso merecimento. Ele tem o Seu tempo e critério. Confie em Suas palavras. Não tema e não desanime, pois o texto diz amanhã, e amanhã nos remete ao futuro. No caso de Josué foi rápido. Com Abraão não. Talvez no meu e no seu caso seja hoje, ou na próxima semana, ano, mas pela certeza da conquista da cruz, temos esperança e certeza de um amanhã de cumprimento da Sua Palavra.
Referências:
(1) Josué capítulo 10;
(2) Josué 9.15;
(3) Josué 10.12-13;
(4) Josué 10.28-31;
(5) Hebreus 11.1;
(6) João 16.33;
(7) Romanos 9.20-21;
(8) Gênesis 15.13;
(9) Apocalipse 22.11;
(10) Comentário Bíblico devocional do Velho Testamento – F B Meyer – Betânia, p. 110;
(11) Josué 11.15b.




Reproduzido Por: Dc. Alair Alcântara
Liberdade




terça-feira, 16 de março de 2010

Estudo XIII - A ARMADURA CRISTÃ



“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis”. (Efés. 6:13)
Não perca de vista o objetivo de Paulo ao falar de toda a armadura. O apóstolo menciona pelo menos seis artigos que compõem essa armadura. Precisamos de todos eles, porque todos são preparados e fornecidos por Deus como um conjunto, e não temos condições de negligenciar uma parte sem enfraquecer toda a armadura.
“Cingindo-vos com a verdade” (Efés. 6:14)
Que é a verdade? (João 18:38). Pilatos fez a Jesus talvez uma das mais importantes e freqüentes perguntas da vida. A humanidade tem-se debatido com a mesma pergunta ao longo da História.
Qual o conceito bíblico de verdade? (Isaías 65:16; Salmo 43:3; João 17:17; João 14:6)
A visão cristã da verdade não é apenas um conceito. Para o cristão, a verdade é uma Pessoa: Jesus Cristo, em quem é revelada “toda a plenitude de Deus”(Efés. 3:19) e da Sua verdade. A verdade que existe em Jesus é uma verdade salvadora, redentora: requer a morte para o pecado e a vida de justiça, integridade moral, coerência espiritual e fidelidade às expectativas de Deus em todas as relações. A verdade não envolve só o que cremos, mas também o que fazemos. Unicamente um compromisso com Cristo pode armar cada um de nós com a verdade em um mundo de pecado e engano.
No tempo do Novo Testamento, os soldados romanos amarravam um cinto ao redor da cintura para erguer a roupa a fim de poderem marchar sem empecilhos. O cinto do cristão é a verdade. Jesus, a verdade, deve envolver todo o nosso ser a fim de que aquilo que somos por dentro ou por fora não se torne um impedimento em nossa guerra espiritual. Nossa conversa e nossa conduta, nossa adoração e nosso trabalho revelarão que estamos submissos Àquele que é a verdade e em quem não existe variação.
A couraça da justiça (Efés. 6:14)
A segunda parte da armadura cristã é a couraça da justiça. Se a verdade de Deus, como é revelada em Cristo, forma a fundação da vida e da integridade cristã, essa vida precisa ser defendida pela couraça da justiça. Os soldados romanos vestiam uma grande placa de metal desde o pescoço até a coxa para proteger os órgãos vitais contra os ataques do inimigo – mais ou menos como os colete à prova de balas de hoje. A vida cristã não é protegida por uma couraça feita de metal, mas pela justiça que tem sua fonte e significado em Deus.
A justiça é uma característica distintiva do próprio Deus (Isaías 59:17, Rom. 3:26, 2 Tim. 4:8), e isso foi revelado por Cristo, que nos redimiu do pecado. Foi por essa justiça revelada em Cristo que Deus nos justificou- isto é, Ele nos declarou justos e perdoou nossos pecados. Assim, a justiça de Cristo torna possível um relacionamento correto com Deus. Então, seguramente, não existe maior proteção contra os ataques de Satanás que do estar em uma relação correta com Deus. Cristo, nossa justiça, é, portanto, nossa couraça.
Ser justo é ser semelhante a Cristo em obediência à lei de Deus, em retidão moral, em uma vida de correção e integridade, estendendo o amor de Cristo a todos.
Para os pés, o evangelho da paz (Efés. 6:15)
Paulo estava usando a imagem militar.
Os soldados romanos usavam um tipo de calçado que assegurava forte aderência ao chão durante o combate. Soldados não podem escorregar e cair em plena batalha contra os inimigos. Igualmente, os cristãos também precisam estar firmes e inabaláveis na verdade do Evangelho e fim de serem vitoriosos na guerra espiritual.
Se os pés são o nosso fundamento, e precisam dar firmeza para que todo o corpo permaneça estável, não devemos ficar admirados de que o Evangelho da paz seja o fundamento do que cremos. Realmente, não importa quão importantes sejam as outras verdades que nos foram dadas, tudo precisa descansar no fundamento da mensagem do Evangelho da salvação pela fé em Jesus Cristo. Se não tivermos esse fundamento, tudo mais se desintegrará.
O escudo da fé (Efés. 6:16)
O escudo romano media cerca de um metro de altura por meio metro de largura. Era feito de madeira e couro forte, com armação de ferro. Com escudo em uma das mãos e a espada na outra, o soldado estava equipado tanto para a defesa como para o ataque. A fé em um Deus infalível nos dá confiança absoluta para resistirmos a Satanás com toda coragem. O próprio Deus “escudo para os que nEle confiam” (Provérbios 30:5).
Na guerra cristã a fé é uma arma fundamental. Protege a vida e todo corpo do cristão. Hebreus 11 é a demonstração inquestionável de que sem fé é impossível agradar a Deus, combater o inimigo ou fazer a jornada espiritual. Fé, não como sistema de crenças, mas no sentido de confiança em Deus. Isso nos ajuda não só a superar os ataques do diabo, mas também a obter a “vitória que vence o mundo” (1 João 5:4).
O capacete da salvação (Efés. 6:17 e 1 Tes. 5:8)
No tempo de Paulo, o capacete, feito de metal duro, como bronze ou ferro, era o equipamento padrão dos soldados. Nenhuma espada poderia corta-lo.
O mesmo acontece na guerra cristã. Os crentes devem usar capacete para proteger o centro da vontade, pois ali são tomadas sérias decisões sobre onde devem estar sua lealdade e suas esperanças. Paulo identifica esse capacete como a salvação que nos é dada por Cristo.
A Bíblia ensina que Satanás foi derrotado por Cristo. Embora nós, que somos falíveis, sejamos vulneráveis aos ataques do inimigo, também podemos fazer uso do escudo que Cristo nos oferece por meio da Sua vitória. A chave é a completa disposição de nos submeter à autoridade de Cristo e nEle confiar.





Reproduzido Por: Dc. Alair Alcântara




Liberdade




segunda-feira, 15 de março de 2010

Estudo XII - A GUERRA CRISTÃ



“Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”. (Efés. 6:12)
A Bíblia começa com duas grandes histórias. No começo, Deus criou um mundo perfeito, colocando Adão e Eva para cuidar dele. Na segunda, Satanás levou Adão e Eva à rebelião contra Deus. A Bíblia também proclama duas grandes histórias de boas-novas. Na primeira, Deus envia Seu Filho á Terra para morrer pelos pecados do mundo e reconciliar consigo mesmo a humanidade caída (2 Cor. 5:14-18). Na segunda parte das boas-novas, Deus criará o novo Céu e a nova Terra como lar dos santos (João 14:1-3).
A Palavra inspirada localiza os perigos e o progresso da grande guerra entre Cristo e Satanás, uma guerra na qual todos nós estamos envolvidos.
Finalmente...a guerra
Paulo começou sua carta aos efésios com ações de graça por “toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais”, e então a concluiu com a referencia a uma guerra (Efés. 6:10-12) que começou no céu (Apocalipse 12:7). A história dessa guerra é o grande conflito entre Cristo e Satanás, que agora está sendo travado entre as forças do mal e o povo de Deus.
De agora em diante os crentes têm um inimigo astuto a combater e uma guerra a vencer contra as ciladas do diabo.
“Com plena certeza de fé, podemos esperar que Ele unirá Sua onipotência aos esforços de instrumentos humanos, para glória de Seu nome. Revestidos com as armas de Sua justiça podemos obter a vitória sobre todo inimigo”. (Profetas e Reis pág. 111) As ciladas do diabo (Efés. 6:11)
A descrição que Paulo faz da guerra espiritual começa com uma advertência geral para estar em guarda contra as ciladas do diabo.
Quais são as ciladas do diabo? Ele nem sempre ou não necessariamente ataca os crentes da maneira mais obvia e maligna. Freqüentemente seus modos são sutis, e suas atrações podem aparentemente apoiar motivos mais elevados e nobres.
Em seu livro, The Screwtape Letters, C.S. Lewis apresenta uma séria de cartas imaginárias que Screwtape, um idoso demônio, escreve a um aprendiz inexperiente na arte hábil de fazer tropeçar os santos. Por exemplo, quando João está orando por sua mãe que sofre de reumatismo, Screwtape aconselha o aprendiz a não fazer João perder a fé na oração. Em vez disso, João deveria ser encorajado a orar continuamente; enquanto isso a atenção de João deveria ser desviada da necessidade de massagear as articulações doloridas de sua mãe.
Em outra carta Screwtape sugere que os cristãos devem ser encorajados a se preocupar e se envolver com assuntos graves e sombrios a fim de desviar a atenção de problemas reais e imediatos. O objetivo do jogo, diz Screwtape, “é faze-los ficar correndo com extintores de incêndio sempre que houver um dilúvio”. (pág. 128 e 129)
Leia quais são alguns dos métodos de trabalho de Satanás (Jó 2:9; Zacarias 3:1; Lucas 22:3; Marcos 4:15 e 2 Pedro 3:4).
O inimigo que enfrentamos
Como Paulo descreve o inimigo que enfrentamos? (Efés. 6:12)
Primeiro, nosso maior inimigo não é “carne e sangue”, isto é, não é humano. Egoísmo, orgulho e hostilidade anticristã são algumas das forças que os cristãos têm que combater, mas existem poderes cósmicos maiores do que estes em operação para desfazer nossa relação com Deus.
Segundo, nossos inimigos são descritos como “principados e potestades”. A descrição é assustadora mas real, indicando forças sobre-humanas, demoníacas que combatem para obter nossa submissão em oposição a Deus. A quem vamos pertencer? A Satanás ou a Deus?
Satanás é nosso adversário. Sendo um inimigo implacável e perigoso, ele é um guerreiro maligno; ele é acusador; guerreia contra a Igreja remanescente de Deus; persegue os santos; pode aparecer como anjo de luz (2 Coríntios 11:14), e, no fim desta época, levará todos os que se opuserem a Deus à batalha final para subverter o Seu governo (2 Tessalonicenses 2:4-10). É contra esse ser sobre-humano e seu exército de anjos caídos que os cristãos devem guerrear em batalha intensa e contínua.
“Sede fortalecidos...na força do Seu poder” (Efés. 6:10)
Paulo conhecia a realidade da guerra e da determinação do inimigo para nos afastar de Deus (Luc. 22:31,32). A força para combater o inimigo não pode vir de dentro de nós, mas de Jesus (João 15:5).
Na batalha espiritual, os cristãos enfrentam constantemente uma dupla tentação. Primeira: São tão confiantes em si mesmos que acham que podem administrar o mal sem ajuda. Segunda: Acham-se tão indiferentes que ignoram a realidade das forças do mal voltadas contra eles. O poder que criou o mundo, que esmagou Satanás na cruz- só nesse poder podemos encontrar a vitória sobre ele. A provisão divina é que afirmemos: “Conosco está o Senhor, nosso Deus, para nos ajudar e para guerrear nossas guerras”(2 Crônicas 32:8).
Vistam-se...fiquem firmes (Efés. 6:11)
Por nós mesmos, não temos nem força de vontade nem resistência para enfrentar o diabo. Por natureza, somos pecadores (Rom. 3:23).
Embora Cristo haja derrotado Satanás na cruz e nos dê essa vitória quando O aceitamos pela fé como nosso Redentor, nossa nova vida não está livre de perigos.
É com Sua armadura que Deus nos envia para a batalha “contra as forças espirituais do mal” (Efés. 6:12). Ela é mais do que adequada para enfrentarmos os ardis de Satanás.
Vestir-nos é uma ordem para usar algo que não se origina em nós. Qualquer coisa que tenha origem em nós será totalmente insuficiente para enfrentarmos o inimigo. Vestir-se também indica a idéia de permanência. O cristão não pode viver sequer um momento sem a armadura de Deus.
“O inimigo usará todo argumento, toda frustração, para enganar a pessoa; e a fim de conquistar a coroa da vida, devemos fazer fervorosos e perseverantes esforços. Jamais devemos descuidar de nossa armadura nem deixar o campo da batalha enquanto não conseguirmos a vitória, e pudermos cantar triunfo em nosso Redentor.
Se continuarmos mantendo nossos olhos fixos no Autor e Consumador de nossa fé, seremos salvos. Mas nossas afeições devem ser postas nas coisas do alto, não nas coisas da Terra...Enquanto assim vivemos em comunhão com o Céu, Satanás lançará sua rede em vão”. (Minha Consagração Hoje, pág. 105).




Reproduzido Por: Dc. Alair Alcântara



Liberdade





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