"Espero que cheguemos ao fim" da guerra, afirmou Mark Regev à Agência France Press. Acrescentou todavia que esse objectivo não depende apenas de Israel, numa alusão ao Hamas, contra o qual as forças armadas israelitas lançaram a 27 de Dezembro uma ofensiva na Faixa de Gaza.

"Há uma grande actividade diplomática, como o mostra a nova viagem ao Cairo de Amos Gilad (que negoceia uma trégua pelos israelitas) e a da ministra dos negócios Estrangeiros Tzipi Livni a Washington", referiu o porta-voz.

Mas, sublinhou, "prossegue ao mesmo tempo a pressão militar"

O porta-voz reiterou que Israel estabeleceu como objectivo alcançar "uma calma estável e duradoura que ponha fim aos disparos de foguetes da Faixa de Gaza e a outros actos de violência" da parte dos palestinianos.

Corpos retirados de escombros em Gaza

A maioria dos cadáveres foi encontrada no bairro de Tal al-Hawa, na zona sudoeste da cidade, de onde hoje se retiraram carros de combate israelitas após uma profunda incursão de mais de 24 horas, de acordo com as mesmas fontes.

Enquanto isso, a Força Aérea israelita efectuou quinta-feira à noite quatro dezenas de raides na Faixa de Gaza, tendo atacado "seis grupos armados, uma mesquita que servia de depósito de armas, quatro subterrâneos e duas posições" de combatentes do Hamas, disse um porta-voz militar.

Israel intensificou na quinta-feira os seus ataques, tendo morto um destacado dirigente do Hamas, Said Siam, num raide aéreo a Gaza, onde os bombardeamentos israelitas atingiram também um complexo da ONU, um edifício da imprensa e um hospital onde se registou um incêndio.

O exército não assinalou nenhum ataque de foguetes palestinianos durante a noite, embora na quinta-feira mais de 25 projécteis palestinianos tenham atingido território israelita.

Desde o início da ofensiva israelita na Faixa de Gaza, a 27 de Dezembro, foram mortos pelo menos 1.133 palestinianos, entre os quais 355 crianças e 100 mulheres, e 5.130 ficaram feridos, indicam dados dos serviços de urgência de Gaza.

Segundo o Centro Palestiniano dos Direitos do Homem de Gaza, 65 por cento dos mortos são civis.

Com Lusa