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quarta-feira, 17 de março de 2010

Não temas, filho! – Josué 11.6

“Disse o SENHOR a Josué: Não temas diante deles,
porque amanhã, a esta mesma hora, já os terás traspassado diante dos filhos de Israel;
os seus cavalos jarretarás (cortar-lhes-ás os tendões) e queimarás os seus carros.” Josué 11.6.
Contexto: Josué é um nome equivalente ao de Jesus, que significa: Ele (Deus) salvará. Os dias do povo hebreu eram espetaculares. Vemos nestes capítulos de Josué um testemunho bíblico inquestionável da Soberania de Deus. Josué, prefigurando Cristo, é o agente pela qual o propósito do Senhor é levado a termo. A cidade de Gibeão fora sitiada por cinco reis (1). Josué havia feito aliança com Gibeão (2); e por este motivo sai para defendê-los. Estes reis que sitiaram Gibeão eram os próximos inimigos a qual o povo hebreu teria de lutar para conquistar Canaã. Nada atrapalha o propósito do Senhor. Josué, homem de Deus, orou (3) e ordenou ao Sol que se detivesse (sabemos que foi a Terra que se deteve, mas o texto foi escrito da perspectiva de Josué), e durante este dia, além dos cinco reis foram derrotados também Maquedá e Libna (4). Depois mais cinco reis caíram. Novas batalhas estão chegando quando o Senhor aparece a Josué prometendo que no próximo dia, os reis listados no capítulo 11, seriam derrotados e que não era para ele temê-los.
Por que não temer? 1 Porque Deus é Soberano quando promete; 2 porque Deus é Soberano quando exerce justiça ; 3 porque Deus é Soberano quando faz cumprir Sua Palavra.
Aplicação: Se eu e você estivermos lutando apenas nossa força, temos todo o motivo para temer. Não iremos longe. Nossa força deve vir do Senhor. Nossa confiança deve ser depositada nEle. Sendo a fé a certeza das coisas que se esperam (5) esta certeza tem de estar calcada em algo firme. Nada é mais firme que Jesus. Ele é chamado de a Rocha. É também o Verbo, a Palavra de Deus encarnada. Ele é o Sim e o Amém de Deus para nós. Ele avisou-nos que teríamos lutas e tribulações, mas deixou claro que venceu por nós (6). Isso nos foi deixado para que tenhamos paz mesmo em momentos de aflições. Ainda que estejamos em meio a tempestades, nosso fundamento é a Pedra Angular, rejeitada pelos religiosos, mas exaltada por Deus; motivo de nossa alegria. Deus ordenou que os tendões dos cavalos fossem cortados, e os carros dos inimigos incendiados, demonstrando que não importa a força do nosso adversário, mas a confiança em ouvir e obedecer a Palavra do Senhor.
Muito se questiona sobre a justiça de Deus, quando este manda aniquilar, não só o exército, mas todo o povo inimigo. Não caia neste questionamento blasfemo. Discutiria o barro com o Oleiro, ou a criatura com o Criador (7)? Deus é amor, mas também é justiça. Ele não está com um martelo sempre pronto para quebrar qualquer vaso desaprovado (nem mesmo os feitos para desonra). Ele é Paciente e Justo. Os próprios cananeus são um exemplo disso. Abraão conviveu com eles. Eles não foram dizimados de uma hora para outra sem motivo. Lemos em Gênesis 15.16: “Na quarta geração, tornarão para aqui; porque não se encheu ainda a medida da iniqüidade dos amorreus.” Deus fala a Abraão que a sua descendência irá para uma terra estranha (Egito), será escrava por quatrocentos anos (8), e que após a quarta geração (quarenta anos no deserto) tornarão a terra dos amorreus (povo que simbolizava a lista dos povos nos versos de Gênesis 15.19-20 e de Josué 11.1-5). Deus não é surpreendido por nada. Ele é soberano. Deus não é injusto, é a Justiça. Através de Josué e sua conquista, traz juízo sobre o pecado daquele povo. O merecido juízo foi cumprido, no tempo certo. O povo que sucumbiu não era inocente. Jesus, o antítipo de Josué (símbolo profético), cumpriu o justo juízo por nós na cruz. Tornou justo o injusto arrependido. E no Grande Dia eliminará o injusto não-arrependido que, de forma alguma é inocente. Assim entendemos: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se” (9). As medidas ainda não foram completadas. O ser humano é responsável por si. Mas o Soberano Juiz agirá com toda a justiça, que excede o nosso entendimento.
Deus mostra a Sua soberania sobre nossa vida da seguinte forma: Ele promete (através da Sua Palavra) e cumpre. “Bem que o coração de Josué podia ter-se abalado não fossem as promessas divinas na noite anterior à da batalha (nosso verso de estudo). Seu ataque acobertado pela noite foi como uma queda de um raio. O efeito foi imediato. O imenso exército se dispersou. O corte do jarrete dos cavalos os inutilizou, e assim Israel não foi tentado a confiar em carros e cavalos” (10). Deus prometeu a Abraão e cumpriu. Deus prometeu a Josué e cumpriu. Sua vontade foi integralmente cumprida. Demorou a um, foi rápido a o outro, mas “nem uma só palavra deixou de cumprir de tudo o que o Senhor ordenara a Moisés” (11), antecessor de Josué. Quando obedecemos ao Senhor, como Josué, podemos esperar vitórias (e lutas) iguais as dele . Deus é Fiel, Justo e Soberano, e não é o tempo que o faz esquecer ou O constrange a agir. Nem nosso merecimento. Ele tem o Seu tempo e critério. Confie em Suas palavras. Não tema e não desanime, pois o texto diz amanhã, e amanhã nos remete ao futuro. No caso de Josué foi rápido. Com Abraão não. Talvez no meu e no seu caso seja hoje, ou na próxima semana, ano, mas pela certeza da conquista da cruz, temos esperança e certeza de um amanhã de cumprimento da Sua Palavra.
Referências:
(1) Josué capítulo 10;
(2) Josué 9.15;
(3) Josué 10.12-13;
(4) Josué 10.28-31;
(5) Hebreus 11.1;
(6) João 16.33;
(7) Romanos 9.20-21;
(8) Gênesis 15.13;
(9) Apocalipse 22.11;
(10) Comentário Bíblico devocional do Velho Testamento – F B Meyer – Betânia, p. 110;
(11) Josué 11.15b.




Reproduzido Por: Dc. Alair Alcântara
Liberdade




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