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sexta-feira, 12 de março de 2010

Estudo XI - RELAÇÕES CRISTÃS



“Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo” (Efés. 5:21)
Efésios 1-3 deu a teologia básica da Igreja. Do capítulo 4 em diante, Paulo discutiu a aplicação prática dessa teologia à vida cristã, que, entre outras coisas, ele conserva a unidade em meio à diversidade, enfatiza a caminhada cristã e constrói relacionamentos adequados.
Na análise final, o cristianismo é uma religião de relacionamentos dos crentes com Deus e uns com os outros. Não faz sentido pretender ter uma relação vital com Deus sem que esta relação afete a maneira como nos relacionamos com a família e com a comunidade. Igreja, lar e trabalho são os ambientes básicos da vida cristã. Não se pode ser santo na Igreja e demônio em casa.
Sujeitando-vos uns aos outros
Qual é atitude básica do relacionamento cristão? (Efés. 5:21)
A submissão cristã não deve ser confundida com servilismo, mas com a atitude adequada de humildade e consideração mútuas. É fácil reconhecer que essa atitude não é natural do ser humano, mas resultado da plenitude do Espírito, como também é o caso da comunhão e da adoração, dos cânticos e louvores e da gratidão ininterrupta (Efés. 5:19,20).
Assim considerada, a submissão não tem significado que normalmente lhe damos. A visão bíblica da submissão de forma alguma ensina uma posição ditatorial, autoritária e injusta nas relações sociais, onde um exerce pode e outro rasteja desamparado. Onde a submissão se constitui uma violação à consciência, ou contradiz a vontade de Deus, a posição corajosa de Pedro: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (Atos 5:29) deve assumir o comando. O que a esposa, ou a filha, deve fazer quando o homem da casa insiste em que ela caia na prostituição a fim de atender suas necessidades econômicas? O que o filho deve fazer se o pai lhe ordena colocar-se na rua para vender drogas? Submeter-se? Nunca. A submissão nas relações humanas nunca é absoluta nem inquestionável. Na sua fronteira está a vontade de Deus. Submissão “no temos de Cristo” requer respeito por parte da esposa e dignidade e honra por parte do marido. Nenhum filho de Deus deve se tornar nem deve ser tratado como capacho.
Autoridade (Efés. 5:22 e Efés. 6:1,5)
A posição de liderança de Cristo é o modelo ao qual a Igreja se sujeita. Da mesma forma, a posição de liderança do marido, pai e senhor deve seguir o modelo estabelecido pelo cristianismo. Autoridade não é tirania nem é ilimitada. De fato, Paulo argumenta que tanto a autoridade como a submissão devem ser exercidas em Cristo. Amor, não poder, é a motivação por trás da autoridade para preservar a ordem de uma unidade organizacional como a casa ou o lar.
Diante do Senhor, todos estamos em igual condição: pecadores, necessitados da graça divina. Embora os conceitos de autoridade e submissão tenham sido pervertidos, isso não significa que não sejam bíblicos. Os que estão em posição de autoridade devem sempre lembrar-se de quem são em relação para com Deus e para com os que podem estar sob sua autoridade. Marido e esposa (Efés. 5:22-25)
Esta longa sentença é um testamento cristão sobre a santidade do casamento, que precisamos afirmar cada vez mais fortemente, nesta época em que o casamento se encontra sob ataque. A taxa de divórcio está crescendo cada vez mais, e o papel do lar na sociedade está cada vez mais abandonado. O apóstolo aconselhou os crentes a darem atenção a dois pontos significativos:
1-) Deus criou o casamento. Ele ordenou que homem e mulher se tornassem uma só carne. É por essa ordenança que o casamento recebe sua santidade.
2-) No casamento, o marido é descrito como a cabeça, assim como Cristo é a cabeça da igreja. A liderança de Cristo é definida pelo que Ele fez: amou a Igreja, sacrificou-se. A Igreja é como uma noiva com seu noivo (Cristo). Paulo está ordenando que o marido faça o que Cristo fez, e que a esposa responda como a Igreja fez.
Submissão e amor não colocam os cônjuges em posições antagônicas no casamento, mas os une. Afinal, submissão significa entregar-se totalmente ao outro.
Filhos e pais (Êxodo 20:12 e Efés. 6:1-4)
Nenhuma outra religião ou filosofia fez tanto pelas crianças como o cristianismo. Willian Wilbeforce, cristão devoto, fez cessar o trabalho infantil na Inglaterra. Willian Carey, pioneiro das missões cristãs, agiu para pôr fim ao casamento infantil e à cremação das viúvas na Índia. Ainda hoje, em áreas rurais da Índia, crianças não desejadas são sufocadas ou envenenadas, e os hospitais e pastores cristãos instalam berços fora de suas portas, para que essas crianças sejam colocadas ali, sem que ninguém note.
Na cultura romana, crianças fracas e deformadas eram afogadas (Barclay). Em uma época assim, Paulo escreveu aos pais cristãos e a seus filhos em uma famosa cidade romana. Como as crianças devem ter ficado encantadas por serem reconhecidas na carta do grande apóstolo!
A educação cristã deve começar em um lar cristão, e a primeira lição que as crianças devem aprender é a obediência e honra aos pais no Senhor. A primeira responsabilidade que os pais devem ter é a de ser modelos coerentes, não provocando os filhos à ira por uma vida de hipocrisia e incoerência. “Uma família bem ordenada, bem disciplinada, é um poder maior para demonstrar a eficiência do cristianismo, do que todos os sermões do mundo”.
Escravos e Senhores (Efés. 6:5-9)
O Império Romano tinha milhões de escravos nos dias de Paulo. Toda a estrutura econômica e social dependia do trabalho escravo. O direito de propriedade de um ser humano sobre outro, sem qualquer consideração ou respeito aos direitos e à dignidade que lhe foram outorgados por Deus, deve ter sido revoltante para um líder profundamente espiritual e sensível como Paulo.
Paulo reconhece que os escravos não podem mudar suas circunstâncias, mas podem conquista-las. Aqui temos uma boa filosofia cristã: embora não possamos destruir o mal no momento, não devemos deixar que o mal nos destrua.
O conselho de Paulo aos senhores é bastante específico. Ele os lembra que também têm um Senhor no Céu, de quem receberam graça e perdão dos pecados. Vem daí o seu apelo para que os senhores de escravos sejam bondosos, e não ameaçadores para com os seus servos.
O ministério de Paulo produziu frutos, e muitos senhores de escravos se tornaram cristãos fervorosos, juntamente com seus escravos.
O cristianismo não é uma filosofia, mas as boas-novas de relações redimidas. O Evangelho mostra seu poder não na arena de Atenas ou nas câmaras do Senado romano, mas nas ruas de Éfeso. Paulo sabia que uma teologia de redenção- maravilhosa como possa ser- só pode ter relevância se criar um mundo de novas relações.




Reproduzido Por: Dc. Alair Alcântara




Liberdade



quarta-feira, 10 de março de 2010

Escola Bíblica Dominical



A publicação da Lição da Escola Bíblica Dominical neste Site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo, é para que semanalmente nossos irmãos que se encontram  espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo pão. 
                               
No cumprimento a esta missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista, os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, do mesmo ensino recebidos da Palavra de Deus no Brasil, publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado através deste Site.
Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas  e etc.
Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta,o mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem.
À Missão Nacional, Internacional e Igrejas de difícil acesso.  
Lição 11 de 13, de 14 de Março de 2010.
TEMA – CARACTERÍSTICAS DE UM AUTÊNTICO LÍDER
TEXTO ÁUREO“Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo" (2 Co 11.2).
VERDADE PRÁTICA – Um líder cristão autêntico é aquele que tem por objetivo maior servir a Deus e a sua Igreja.
HINOS SUGERIDOS – 298, 305, 340.
LEITURA BÍBLICA – 2 Coríntios 10.12-16; 11.2,3,5,6
2 Coríntios 10
12 - Porque não ousamos classificar-nos ou comparar-nos com alguns que se louvam a si mesmos; mas esses que se medem a si mesmos e se comparam consigo mesmos estão sem entendimento.
13 - Porém não nos gloriaremos fora de medida, mas conforme a reta medida que Deus nos deu, para chegarmos até vós;
 14 - porque não nos estendemos além do que contém, como se não houvéssemos de chegar até vós, pois já chegamos também até vós no evangelho de Cristo;
1 5 - não nos gloriando fora de medida nos trabalhos alheios; antes, tendo esperança de que crescendo a vossa fé, seremos abundantemente engrandecidos entre vós, conforme a nossa regra,
16 - para anunciar o evangelho nos lugares que estão além de vós e não em campo de outrem, para nos não gloriarmos no que estava já preparado.
2 Coríntios 11
2 - Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.
3 - Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo.
5 - Porque penso que em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos.
6 - E, se sou rude na palavra, não o sou, contudo, na ciência; mas já em tudo nos temos feito conhecer totalmente entre vós.
INTRODUÇÃO
Paulo e um dos maiores exemplos de liderança do Novo Testamento. Seu modelo máximo é Jesus. E o apostolo ajustou sua liderança conforme o conhecimento que adquiriu acerca do Mestre. Nesta lição, ele prossegue defendendo o seu apostolado contra os ataques dos falsos apóstolos, e reafirma sua igualdade com os demais apóstolos em termos de autoridade e liberdade para pregar o Evangelho. Porém, a fim de mostrar sua autoridade e liderança em Cristo, Paulo ressalta não ser sua intenção exercer domínio sobre a fé dos coríntios, pelo contrario, ele está pronto a ser humilhado para que eles fossem exaltados (2 Co 11.7).
I. OS DESAFIOS DO APOSTOOLADO PAULINO (10.9-18)
1. O desafio da oposição (10.9-11). Nesses quatro últimos capítulos, observamos que se destacam três personagens principais: o apostolo, os opositores e os coríntios. Nos versículos 9 e 10, o apóstolo discorre sobre a carta que enviara aos coríntios.

Uma regra básica ao escrever cartas, naquela época, é que essas deviam corresponder a personalidade de quem as enviara. Como Paulo havia sido severo na redação de suas cartas, era acusado, agora, de não ter a mesma postura enquanto estava presente entre eles. Os oponentes insinuavam que o apóstolo não tinha coragem ou era incoerente. Na realidade, eles apenas buscavam mais uma oportunidade para o acusarem. Paulo, porem, foi incisivo e firme (vv.11 ,12).
2. O desafio do orgulho (10.12,13). Nestes versículos, Paulo demonstra a importância de o líder exercer a autocrítica. Ele fala da arrogância dos que se sentiam superiores a ele. Refutando tal orgulho, Paulo admite não estar disposto a classificar-se entre os que louvam a si  mesmos. Ele considerava essa atitude uma ousadia incabível no meio da Igreja (v. 1 2). A vaidade dos oponentes era "sem medida" (v. 1 3), e o "critério" de aferição que usavam baseava-se apenas na opinião que os tais tinham de si mesmos. O apostolo afirma que "esses que se medem a si mesmos e se comparam consigo mesmos estão sem entendimento" (v. 1 2); demonstram falta de lucidez e discernimento espiritual.
3. O desafio do respeito aos limites e da autoglorificação (10.14-18). Respeitar os limites alheios é uma atitude indispensável a um líder. Paulo destaca que todo líder deve conhecer a medida certa de suas ações (v. 1 3). Seja do ponto de vista pessoal, ou coletivo, o líder deve respeitar os limites de sua liderança, e não apossar-se da honra de um trabalho realizado por outros (w.15, 16). Se assim agirmos, não correremos o risco de nos autogloriármos. Gloriemo-nos apenas no Senhor (v. 1 7). O líder realmente chamado por Deus não precisa louvar a si mesmo; o próprio Senhor o fará (v. 1 8).
II. AS MARCAS DE UM VERDADEIRO LÍDER (11.2-1 5)
1. O compromisso de Paulo diante da igreja e de Deus (vv. 2-4). Paulo deixa claro que recebeu do próprio Deus sua autoridade apostólica, a fim de edificar, e não dominar, a Igreja de Cristo. Entretanto, os coríntios, influenciados pelos falsos apóstolos, que agiam na ausência de Paulo, demonstravam superficialidade no conhecimento das coisas espirituais (v.4). O fato decepcionou o apóstolo, pois ele tinha por objetivo prepará-los para apresentá-los "como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo" (v.2).
2. Paulo se interessa, antes de tudo, pelo bem-estar espiritual da igreja (vv. 5-1 5). A postura de Paulo de não depender financeiramente da igreja de Corinto, foi utilizada injustamente pelos falsos apóstolos para acusá-lo de não ser ele um apóstolo verdadeiro (w.5-11). Por sua vez, Paulo afirma que os irmãos da Macedônia (e outras igrejas) haviam-no socorrido em suas necessidades (vv.8,9). O apóstolo dos gentios assim procedeu, a fim de não dar ainda mais ocasião para os seus oponentes o acusarem (v. 1 2).

Naturalmente, é responsabilidade das igrejas sustentar seus pastores. Aquelas congregações, contudo, ainda não tinham condições de assumir tal responsabilidade. Nos versículos 13 e  15, Paulo fica tão irritado com os falsos apóstolos que, para desmascarar-lhes a dissimulação, utilizou a figura de Satanás que, conforme reafirma, disfarça-se até de anjo de luz. E o que faziam os falsos apóstolos.
3. Paulo colocou o ato de servir acima dos interesses pessoais (vv.16-33). Paulo expõe, agora, todos os seus sofrimentos físicos e emocionais por amor a Cristo: fome, sede, nudez, açoites, prisões, naufrágios, ameaças e perigos incontáveis. Ele não somente se identificava com aqueles a quem servia, como também por estes interessava-se, a fim de que fossem beneficiados com o Evangelho. Seu amor pelas igrejas de Cristo dava-lhe forças para seguir em sua missão apostólica (v.28). Era um homem de Deus que se identificava com o rebanho de Cristo em todas as situações (v.29).
III. PAULO, UM LIDER SEGUNNDO A VONTADE DE DEUS
Indiscutivelmente, Paulo foi um líder que demonstrou ampla competência para o exercício do seu ministério. Cada igreja, estabelecida por ele, tinha características próprias e exigia dele habilidades especificas, a fim de lidar com situações bastante particulares. Foi o que o apóstolo demonstrou no trato com os coríntios. Servindo-os humildemente, como fez o Senhor Jesus durante o seu ministério terreno, e externando-lhes um amor que só o verdadeiro líder chamado por Deus possui, demonstrou-lhes ser, realmente, um apóstolo chamado por Cristo Jesus, a fim de levar o Evangelho aos gentios até aos confins da terra.

Paulo aprendera com Jesus: o servir é uma das características mais marcantes de um obreiro. O servir, aliás, é o verdadeiro padrão de liderança neotestamentária. É hora de nos apresentarmos como leais servidores a serviço do Rei. Quem não esta pronto a servir jamais estará apto para o Reino de Deus.
CONCLUSÃO
Que exemplo nos deixou o apóstolo Paulo! Sua liderança não foi estabelecida por homem algum, mas por Deus. Portanto, ele sabia que no Reino de Deus só há uma alternativa para aqueles que amam a Cristo e a sua Igreja: servir, servir e servir. Não foi exatamente isso que fez o Senhor durante o seu ministério terreno? Por que agiríamos de forma diferente?
 
 
 
Reproduzido Por: Dc. Alair Alcântara
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Estudo X - A CAMINHADA CRISTÃ



“Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (Efés. 5:8) Andai em amor (Efés. 5:1,2)
Os crentes são chamados a serem imitadores de Deus. Deus em Cristo é nosso modelo em tudo. Então somos aconselhados a andar em amor. Pelo menos três princípios emergem das palavras deste texto.
Primeiro, o amor de Cristo é abnegado. É o amor ágape: um amor baseado em princípios, não na emoção. Andar em amor é amar quem não merece.
Segundo, o amor de Cristo é sacrifical. Cristo carregou a cruz da vergonha e abriu mão da Sua vida para que a humanidade fosse redimida. Andar em amor é abandonar o eu a fim de servir a outros.
Terceiro, o amor de Cristo é reconciliador. Cristo reconciliou todas as relações quebradas e trouxe completa unidade. (Romanos 5:10; 2 Coríntios 5:18)
Andar à vista do juízo (Efés. 5:3-7)
Uma das grandes tragédias da vida é viver como se Deus não existisse, ou não levar em conta a Sua existência. Essa atitude provoca uma vida restrita ao presente, sem pensamento do futuro. Mas a visão bíblica da vida indica que a História está se movendo em direção a um ponto final, quando toda a humanidade deverá responder diante do juízo de Deus (2 Coríntios 5:10 e Hebreus 9:27). A ira Divina é o juízo contra o mal e seus filhos. Por causa dessa certeza de julgamento, Paulo apelou aos crentes: “Não sejais participantes com eles”. Com quem? O verso 6 se refere aos que falam “palavras vãs”. Esses eram falsos mestres ainda apegados às filosofias pagãs, negando a realidade do pecado e do juízo final. Não é de admirar que Paulo os advirta a afastar-se dessas pessoas e das suas filosofias, pois elas se opõem à verdade como é em Jesus.
Andar na luz (Efés. 5:8-14)
Se a escuridão representa antiga vida, a luz representa a nova. O apóstolo reconhece que os crentes se moveram das trevas para a luz. Costumamos comparar luz com conhecimento intelectual, conhecimento dos fatos; e escuridão, com ignorância dos fatos.
Andar na luz significa reduzir frutos de bondade e justiça. Como filhos da luz, os cristãos devem viver de forma a reprovar os males das trevas. Na voz e nos atos, os cristãos devem ser reconhecidos por sua posição contra cada manifestação do mal.
Andar com sabedoria (Efés. 5:15-17)
Nossa caminhada cristã, disse Paulo, deve ser diferente da caminhada do mundo. Devemos estar atentos ao juízo por vir em tudo o que fazemos. Necessitamos esforça-nos por andar na luz. Agora, Paulo acrescenta outra dimensão: andar com sabedoria. O mundo existe unicamente por causa de Deus; tudo o que existe só está aí pela vontade de Deus. Então, não é de admirar que a sabedoria consista em conhecer a vontade de Deus, pelo menos na medida em que pudermos. Embora haja muito a respeito de Deus e Sua vontade que não podemos conhecer, podemos saber que Seu desejo em relação a nós é que vivamos em pureza, santidade, vida que reflita Seu amor e Seu caráter. Deste modo, alguns dos mais espertos no mundo vivem na ignorância e escuridão mais brutal.
Andar na plenitude do Espírito (Efés. 5:18-20)
Até aqui, no capítulo 5, Paulo falou de três elementos da caminhada cristã: amor, luz e sabedoria. Agora, acrescenta um quarto elemento e, talvez, o mais eficaz: “Enchei-vos do Espírito”. A vida cristã é saudável e completa quando está sob o dom e a iluminação do Espírito Santo.
Embora Paulo tenha usado o álcool em seu exemplo, ele realmente poderia falado sobre qualquer outra coisa que se interponha entre o crente e o poder do Espírito Santo. Paulo está fazendo uma profunda declaração teológica, fundamental para a experiência do novo nascimento e da santificação que vem como resultado do trabalho do Espírito Santo. A pergunta que cada cristão deve fazer é: Sob o controle de quem estão meu corpo, minha mente e minhas emoções? Estão sob o controle do álcool, da cobiça, da sensualidade ou de alguma outra coisa que possa dificultar minha caminhada com Deus? Se qualquer outra coisa nos controlar, certamente seremos desviados do caminho.




Reproduzido Por: Dc. Alair Alcântara



Liberdade

terça-feira, 9 de março de 2010

Estudo IX - VIVENDO A NOVA VIDA



“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, vos perdoou” (Efés. 4:32).
A apresentação de Paulo sobre as implicações práticas da unidade cristã começou com um chamado aos cristãos, tanto judeus como gentios, para que andassem “de modo digno da vocação a que foram chamados” (Efés. 4:1). Essa caminhada impõe várias demandas sobre nós. A primeira é a preservação da unidade do corpo de Cristo em meio à diversidade. A segunda, (este estudo), requer que andemos em um novo caminho, decisivo para manter a unidade sobre a qual Paulo fala.
Esse novo caminho não é uma modificação ou melhoria do antigo. É uma transformação radical que rejeita os valores antigos e adota um estilo de vida totalmente novo. É uma mudança de Senhor: de Satanás para Cristo.
Despojando-se do velho homem- (Efés. 4:17-22)
A vida cristã começa com um claro rompimento com o passado, e Paulo apelou aos efésios para que não mais andassem “como os gentios”.
Em sua descrição aos efésios, Paulo usa palavras como escuridão, ignorância e cegueira, coisas que os levaram à decadência moral. Por causa do pecado, a mente deles não podia compreender as verdades espirituais. Como resultado, sua vida era desperdiçada na inútil busca de Deus em si mesmos, nos ídolos desprezíveis ou na vã filosofia. Eles se perdiam em ensinos fantasiosos e viviam na escuridão espiritual. Sua sensibilidade moral estava tão comprometida que não podiam fazer distinção entre o bem e o mal. Os prazeres do corpo, comportamento particularmente imoral e contrário aos padrões, haviam se tornado seu passatempo favorito.
Revestindo-se do novo homem (Romanos 12:1-2; Efés. 4:20-24)
Quando aceitam a Cristo, os crentes abandonam o antigo estilo de vida dos gentios. Mas ainda não é suficiente. O cristianismo não é uma religião de negação. Espera-se que o crente se erga a um plano mais elevado de vida moral e espiritual.
Como os crentes devem ter a mente renovada? (Romanos 12:2; 1 Coríntios 2:9-16; Filipenses 4:8,9)
Viver a nova vida (Efés. 4:25-29)
O apóstolo não é um teórico afastado da realidade. Ele esboça quatro imperativos da nova vida, simples mas vitais para manter bons relacionamentos:
1-) Deixe a mentira; fale a verdade.
2-) Irai-vos e não pequeis – não dê ao diabo a oportunidade de usar a ira para destruir a unidade e o relacionamento.
3-) Não furte mais; antes trabalhe – trabalho honesto, vida desinteressada, generosidade e defesa dos direitos dos outros são marcos da nova vida em Cristo.
4-) Guarde sua língua, seja edificante no que fala – a fala do cristão deve edificar e construir.
Não entristeçais o Espírito de Deus (Efés. 4:30)
A Igreja de Éfeso teve início quando o apóstolo impôs as mãos sobre os crentes para receberem o Espírito Santo (Atos 19:1-7). Não é de admirar que Paulo fale tanto sobre o Espírito Santo nesta epístola – pelo menos doze vezes.
Leia o que Paulo diz sobre o que o Espírito na carta aos efésios (Efés. 2:18; Efés. 3:16; Efés. 5:9 e Efés. 6:17).
Paulo dava grande importância ao papel do Espírito Santo na vida do crente e na congregação. Vem daí seu conselho: Não entristeçais o Espírito Santo. Essa declaração revela que o Espírito não é simplesmente um poder Divino, mas uma Pessoa ativa da Divindade, sensível aos relacionamentos. Entristecer o Espírito Santo é equivalente a entristecer o Pai e o Filho.
Sede imitadores de Deus (Efés. 4:31,32 até Efés. 5:1)
A ordem de Paulo para os salvos que agora que agora vivem como um corpo unido de judeus e gentios é que andem na nova vida. Essa nova vida envolvem muitos verbos: abandonar, adotar, perseverar e não entristecer o Espírito.
Quando pai e filho têm um relacionamento íntimo e próximo, passando tempo um com o outro e compartilhando as atividades da vida, freqüentemente o filho tende a ser como o pai. Assim, quanto mais tempo passamos com Deus em oração, meditação e estudo, mais semelhantes a Ele podemos nos tornar.
“A aquisição de membros que não foram renovados no coração e reformados na vida é uma fonte de fraqueza para a igreja. Esse fato é muitas vezes passado por alto. Alguns pastores e igrejas acham-se tão desejosos de assegurar um aumento de membros, que não dão testemunho fiel contra hábitos e costumes não cristãos” (Testemunhos para a Igreja, Vol. 5 pag. 731)




Reproduzudo Por: Dc. Alair Alcântara



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segunda-feira, 8 de março de 2010

Estudo VIII - UNIDADE NA DIVERSIDADE



“Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados uma só esperança da vossa vocação; há também um só Senhor, uma só fé, um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos” (Efés. 4:4-6)
Chegamos ao ponto central da epístola. Os primeiros três capítulos estabelecem a teologia da unidade cristã, unidade que anula todos os fatores divisores da humanidade. Os últimos três capítulos destacam as implicações práticas dessa unidade na vida do cristão. Agora, Paulo avança da teologia para a prática, da exposição à exortação, do que Deus fez ao que devemos nós fazer em resposta aos Seus atos em nosso favor. Nossa teologia deve iluminar nossa moralidade, e nossa moralidade deve refletir nossa teologia.
Andando de modo digno (Efés. 4:1-3)
Que cinco graças são fundamentais para o caráter cristão? (Efés. 4:2,3)
Humildade. Romanos e gregos consideravam a humildade um sinal de fraqueza. Para o cristão, no entanto, ela é fonte de força. É o oposto de orgulho.
A gentileza ou mansidão é essencial para a unidade da Igreja. Sendo o oposto da auto-afirmação, a mansidão não reage diante das ofensas. No fim, os mansos herdarão a terra (Mateus 5:5).
A paciência é característica do próprio Deus. Paciência significa resistência diante da aflição, recusa de vingas as injustiças, e não abrir mão de reparar relacionamentos interrompidos.
Suportar uns aos outros significa mais do que tolerância mútua. Envolve o entendimento da outra pessoa e disposição para se perdoarem e aceitar-se mutuamente.
Evidentemente, todas essas graças têm suas raízes no amor, e é a prática do amor que preserva as relações e promove paz e unidade na comunidade cristã e além.
Por que unidade? (Efés. 4:4-6)
Deus ordenou a unidade do corpo cristão. Um Deus por meio de um Cristo nos redimiu do pecado, deu-nos uma fé, nos regenerou por um Espírito, nos fez membros de um corpo por meio de um batismo, e nos deu uma esperança eterna. Toda a Divindade está envolvida na unidade da Igreja.
No quarto capítulo de Efésios o plano de Deus é revelado com tanta clareza e simplicidade que todos os Seus filhos podem se apropriar da verdade. Aqui é exposto claramente o meio que Ele designou para manter a unidade em Sua Igreja, isto é que seus membros revelem ao mundo uma experiência religiosa saudável.
Unidade: Diversidade de dons (Efés. 4:7-11; 1 Coríntios 12:28-31)
Diversidade não significa divisão; significa que existem diferentes dons, e esses dons devem ser usados para a unidade da Igreja. Afinal, o mesmo Espírito que distribui os dons nos permite trabalhar juntos para o fortalecimento e a edificação da Igreja de Deus.
Unidade: Equipados para o ministério (Efés. 4:12,13)
Equipar os santos se refere a preparar, treinar e torna-los pronto para o serviço para o qual eles são chamados.
Isso desperta a pergunta: Quem são os ministros da Igreja? De acordo com o Novo Testamento, todos os cristãos são ministros, comissionados pelo próprio Senhor para ir, fazer discípulos de todas as nações, batizar e ensinar (Mateus 28:18-20). O trabalho do ministério não é reservado a uns poucos privilegiados, mas a todos os que professam o nome de Cristo.
Nenhum dom que possamos ter – seja ensino, seja pregação, evangelismo, cura, aconselhamento, visitação, consolação, socorro – deve ser reservado para uso pessoal. Todos eles são designados para o bem coletivo e o crescimento da Igreja, caso contrário, os detentores terão seus dons retirados (Mateus 25:24-30). Uma pessoa plena de Cristo não pode permanecer muda quando alguém lá fora está sem Ele. Esse é o motivo do ministério.
Unidade: Crescendo em Cristo (Efés. 4:14-16)
Ir a Cristo, experimentar a unidade que transcende todas as divisões e estar equipado para o ministério não é o suficiente. Os cristãos devem crescer em Cristo.
Compare Efés. 4:14 com Mateus 18:3.
O desafio da maturidade cristã nos leva além da condição de meninos. O Evangelho de Jesus não é uma invenção humana. É o mistério de Deus que requer plena fidelidade àquele que nos chamou à Sua verdade, ao seu amor e ao chamado à unidade.
A Igreja deve distinguir entre o Evangelho e a heresia, e mesmo aqui a verdade deve ser exposta em amor. A verdade é dura quando não é suavizada pelo amor; o amor é inconstante se não é fortalecido pela verdade. Finalmente, o maior sinal de crescimento é total compromisso, e obediência a Cristo. Nós somos o corpo e cada parte e função do corpo deve ser ligada e integrada em Cristo.
“A ausência do Espírito é que torna tão impotente o ministério evangélico. Pode-se possuir cultura, talento, eloqüência ou qualquer dote natura ou adquirido; mas sem a presença do Espírito de Deus não se tocará nenhum coração, nem se ganhará pecador algum para Cristo. De outro lado se estão ligados com Cristo, e se possuem os dons do Espírito, os mais pobres e ignorantes de Seus discípulos terão poder que falará aos corações. Deus faz deles condutos para a difusão, no Universo, das mais elevadas influências”. (Parábolas de Jesus pág. 321)




Reproduzido Por: Dc. Alair Alcântara



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