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sábado, 12 de dezembro de 2009

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

A publicação da Lição da Escola Bíblica Dominical neste Site, é fruto da obediência a Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do conteúdo espiritual que recebemos em nossas Igrejas a cada manhã de domingo, é para que semanalmente nossos irmãos que se encontram  espalhados pelo mundo a fora, possam igualmente participar do mesmo pão.
No cumprimento a esta missão de divulgar o Evangelho por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista, os Missionários possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, do mesmo ensino recebidos da Palavra de Deus no Brasil, publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculado através deste Site.
Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável e de um conteúdo organizado especificamente para o ensino pessoal e em grupo como igrejas  e etc.
Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso planeta,o mais belo de todos no Universo, que só foi criado por causa do homem.

À Missão Nacional, Internacional e Igrejas.

Lição 11

13 de dezembro de 2009 (Dia da Bíblia)

TEMA – DAVI E A RESTAURAÇÃO DO CULTO A JEOVÁ

TEXTO ÁUREO – “Dai ao SENHOR  a glória de seu nome; trazei presentes e vinde perante ele; adorai ao SENHOR na beleza da sua santidade” (I Cr 16.29).

VERDADE PRÁTICA – A essência do verdadeiro culto a Deus é a adoração, portanto, Ele procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade.

HINOS SUGERIDOS – 3, 5, 51.

LEITURA BÍBLICA I Cr 16.7-14
7 - Então, naquele mesmo dia, entregou Davi em primeiro lugar o Salmo seguinte, para louvarem ao SENHOR, pelo ministério de Asafe e de seus irmãos:

8 - Louvai ao SENHOR, invocai o seu nome, fazei conhecidos entre os povos os seus feitos.

9 - Cantai-Ihe, salmodiai-Ihe; atentamente falai de todas as suas maravilhas.

10 - Cloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração dos que buscam o SENHOR.

11 - Buscai o SENHOR e a sua força, buscai a sua face continuamente.

12 - Lembrai-vos das suas maravilhas que tem feito, dos seus prodígios, e dos juízos da sua boca.

13 - Vós, semente de Israel, seus servos, vós, filhos de Jacó, seus eleitos.

14 - Ele é o SENHOR, nosso Deus; em toda a terra estão os seus juízos.

INTRODUÇÃO
É quase impossível lermos o Pentateuco sem que não nos impressionemos pela estrutura que ganha o culto no judaísmo. Somente uma revelação divina, como a que foi dada a Moises, justificaria a existência de tantos símbolos presentes na adoração hebraica. Õ culto mosaico era extremamente ritualista, no entanto, era constituído de uma adoração enriquecedora. No início da monarquia, muitos desses símbolos foram esquecidos ou desprezados. E com Davi que observamos os primeiros passos rumo ao retorno da verdadeira adoração a Jeová.

1.O CULTO E O SEU PROPÓSITO
1. Adoração. A essência do culto está na adoração ao Senhor, e nunca é demais enfatizarmos essa verdade, pois adoração vazia significa culto frio e sem propósito. Adorar vem de uma palavra que significa "inclinar-se, prostrar-se em deferência diante de um superior". No contexto bíblico, portanto, essa palavra significa um prostrar-se diante de Deus em reconhecimento a sua divindade.

Quando Davi se prontificou a trazer a Arca da Aliança (que se encontrava na casa de Obede-Edom) para Jerusalém, veio adorando a Deus durante todo o caminho percorrido. O gesto de Davi, ao dançar, demonstra a atitude de um verdadeiro adorador. É o que vemos com a expressão "Davi [ ... ] ia bailando e saltando diante do Senhor" (2 Sm 6.16). A palavra hebraica karar traduzida na versão atualizada como "dançar" significa também "girar", e demonstra a atitude jubilosa do segundo rei de Israel. Não devemos esquecer que essa dança (ou giro) era movida pelo Espírito; não foi algo ensaiado nem tampouco fruto de uma explosão carnal.

2. Comunhão. Outro elemento indispensável ao verdadeiro culto a Deus é encontrado no culto dravídico é a comunhão. Sem comunhão com o Deus a quem servimos e com o nosso próximo, não é possível uma adoração verdadeira. Ainda quando Davi conduzia a Arca de Deus à Jerusalém, observamos ele tomando uma atitude que demonstra uma característica importante de um verdadeiro adorador. Ao final do percurso, a Escritura afirma que Davi "repartiu a todo o povo e a toda a multidão de Israel, desde os homens até as mulheres, a cada um, um bolo de pão, um bom pedaço de carne, e um frasco de vinho; então, foi-se todo o povo, cada um para sua casa" (2 Sm 6.19).

Ao dar esses presentes, Davi demonstra ao povo a fraternidade que deve existir entre os adoradores do verdadeiro Deus. Na Nova Aliança essa comunhão é ainda mais fomentada, basta olharmos para os crentes no início da Igreja Primitiva (At 2.42). A comunhão é, pois, uma via de Mao dupla, só a teremos com o Senhor  se zelarmos pela comunhão com os nossos irmãos (1 Jo 2.9-11). Se quebrarmos nosso relacionamento com o próximo, não teremos comunhão com o Senhor (Mt 6.14,15).

II.O CULTO E SEUS UTENSÍLIOS
1. O altar do holocausto e do incenso. O altar mais conhecido no Velho Testamento é o  do holocausto, isto é, destinado a realização dos sacrifícios. Esse altar era o local onde se derramava o sangue de um animal inocente para fazer expiação pelo pecado, lembrando com isso o sangue do Cordeiro de Deus que seria sacrificado por toda a humanidade Jo 1.29; Ap 1.5). Na Nova Aliança, em vez de sacrificarmos animais, fomos transformados em sacrifício vivo pelo Cordeiro de Deus, que foi sacrificado por nos (Rm 1 2.1). Por outro lado, o "altar do incenso" tem sua simbologia ligada a oração e interseção (SI 141.2). Na Nova aliança a Escritura declara que esse incenso é a oração dos santos (Ap 5.8).

2. A arca. Na arca da Aliança eram guardadas as tabuas da lei e outros objetos sagrados, e a sua simbologia esta associada a presença de Deus (Ex 25.22). Infelizmente, nos dias de Samuel os israelitas haviam transformado a arca em uma espécie de amuleto, e tentavam usá-Ia como um fetiche (1 Sm 4.3). De nada adianta barulho sem poder, de nada vale um utensílio sagrado se não há obediência por parte de quem o conduz (1 Sm 4.5,10). Davi queria que a arca adquirisse nos seus dias a sua verdadeira simbologia.

III. O CULTO E SUA LITURGIA
1. A liturgia na Velha Aliança. O culto judaico possuía uma liturgia complexa e inflexível. Nos dias de Davi, muitos elementos dessa forma de adorar ainda continuavam. Isso é comprovado em todo o Velho Testamento, especialmente nas dezenas de regras que serviam para regulamentar o culto e que são mostradas com abundância no Pentateuco. O vocábulo liturgia é oriundo de duas palavras gregas, que são respectivamente leiton e ergon. A junção destes vocábulos significa literalmente serviço publico. A Septuaginta usa esse vocábulo para traduzir os termos hebraicos sharat e 'avodah. Os estudiosos observam que no contexto do Velho Testamento a liturgia passa a ser aplicada a sacerdotes e levitas, que se ocupavam dos ritos sagrados no Tabernáculo ou no Templo. Tanto os sacerdotes quanta os levitas trabalhavam duro para darem conta do ritual litúrgico do culto judaico.

2. A liturgia na Nova Aliança. Os escritores do Novo Testamento tomam emprestado esse significado e o aplicam a estrutura do culto cristão. Assim, no contexto neotestamentário, o termo é utilizado para "cristãos servindo a Cristo, seja pela oração, ou instruindo outros no caminho da salvação, ou de alguma outra forma". De fato, é o que podemos observar quando lemos o livro de Atos dos Apóstolos: "E, servindo eles ao Senhor" (At 13.2). Nesse contexto a palavra "servindo" é a tradução do grego leitourgeo, que no português é "liturgia".

A liturgia da Igreja Primitiva, ao contrário do culto veterotestamentário, é extremamente simples. Incluía a leitura da Bíblia e sua explanação (At 13.14-16; I Tm 4.13); a oração (At 16.13; I Tm 2.8); a recitação de Salmos, cânticos de hinos e expressões carismáticas do Espírito Santo (1 Co 14.26; Ef 5.19; CI 3.16). Isso não quer dizer que os cristãos primitivos não se preocupassem com os rituais do culto e que fossem desprovidos de sentido. Devemos lembrar que há um contraste enorme entre o culto da Velha Aliança e o da Nova Aliança, o que justifica também essa diferença litúrgica.

Por exemplo, no Antigo Testamento a adoração era com base na letra; no Novo Testamento e no Espírito: No Antigo Pacto o sacerdócio é local e cabia a tribo de Levi; no Novo o sacerdócio é universal; no Antigo a unção do Espírito vinha especial mente sobre ofícios, isto é, reis, profetas e sacerdotes; no Novo o derramamento do Espírito é sobre toda carne; no Antigo a adoração é reservada ao Templo; no Novo há o "templo da adoração", isto é, cada crente é um santuário do Espírito Santo; no Antigo o Espírito estava com os crentes; no Novo o Espírito está nos crentes. Esses fatos justificam a diferença na forma litúrgica, no entanto, conservam de igual modo a sua essência.

CONCLUSÃO
Aprendemos, pois como Davi organizou O culto a Jeová e nos deixou um legado de zelo e piedade. Devemos cultuar a Deus, mas não de qualquer forma. A Escritura adverte que, tratando-se do culto ao Senhor, ele deve ser realizado e oferecido ao Eterno com decência e ordem (1 Co 14.40). Embora não estejamos mais debaixo dos preceitos da Velha Aliança concernentes ao culto, os princípios que os fundamentam - reverencia, pureza, sinceridade -, devem nortear ainda hoje o nosso culto.



Revista Trimestral; “Lições Bíblicas”, Comentarista: ELIEZER DE LIRA E SILVA, 3º Trimestre, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ - 2009.


http://costa-transformando.blogspot.com/2009/12/escola-biblica-dominical_12.html



Reproduzido Por: Dc. Alair Alcantara


Liberdade






quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A QUESTÃO HOMOSSEXUAL E A FÉ CRISTÃ CONFORME O TEXTO DE 1 CORÍNTIOS 6. 9-11

09





Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.” (1 Co 6.9-11)

No sentido de buscar fundamentos para a causa gay, alguns ativistas estão tentando buscar na Bíblia fundamentos para a prática homossexual, inclusive, reportando-se ao texto original.

Através de uma análise exegética não tendenciosa de 1 Co 6.9-11, pode-se perceber que os seus argumentos não se sustentam à luz da Palavra de Deus.

Três termos merecem destaque no texto:

1 - O adjetivo pronominal, nominativo, masculino, plural μαλακοι (malakoí)

Nos principais léxicos podemos encontras as seguintes definições para o termo grego malakoí;

Suave, macio ao toque, delicado [...]; um meio de luxúria contrário à natureza, efeminado.” (MULTON, Léxico grego-analítico, Cultura Cristã, 2007, p. 269);

Efeminado, um termo técnico para o parceiro passivo em relações homossexuais.” (RIENECKER e ROGERS, Chave línguística do N.T. grego, Vida Nova, 1995, p. 297);

Macio, roupa fina, mole, efeminado (de um homem que submete seu corpo à concupiscência desnatural).” (TAYLOR, Dicionário do N.T. grego, JUERP, 1991, p. 131)

"Tornar-se fraco, mole. 1. adj.: mole, macio: Lc 7.25; 2. subst.: a. neut. pl.: vestes macias, luxuosas: Mt 11.8; b. masc. pl.: efeminado: 1 Co 6, 9." (RUSCONI, Dicionário do Grego do Novo Testamento, Paulus, 2003, p. 294)

"Suave, suave ao toque" (em latim, mollis; em português, "molificar, emoliente"), é usado para descrever: (a) roupas (Mt 11.8, duas vezes, "finas", ARA; Lc 7.25, "delicadas"); (b) metaforicamente, num sentido ruim, diz respeito a "efeminados" (1 Co 6.10), não simplesmente acerca de um homem que pratica formas lascívia, mas, a pessoas em geral, que são culpadas do hábito dos pecados da carne, voluptuoso" (VINE; UNGER; WHITE JR., Dicionário VINE, CPAD, 2003, p. 583)

"Nos autores clássicos, o termo (malakia) originalmente significava "maciez", mas também veio a ser usado para homens efeminados. Nos escritores médicos, descrevia "fraqueza" ou "doença" generalizada. O uso grego posterior o vinculava com nosos, "enfermidade", para indicar a doença do corpo". (COENEN; BROWN, Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, Vida Nova, 2000, p. 884

As melhores versões da Bíblia em português traduziram malakoi da seguinte maneira;

- Almeida Revista e Corrigida: efeminados
- Almeida Revista e Atualizada: efeminados
- Nova Versão Internacional: homossexuais passivos
- Nova Tradução na Linguagem de Hoje: homossexuais
- Bíblia de Jerusalém: efeminados

2 - O substantivo nominativo, masculino, plural αρσενοκοιται (arsenokoitai)

Observe as definições para o termo:

Homossexual masculino.” (BROWN e COENEN, Dicionário Internacional de Teologia do N.T, Vida Nova, p. 971)

Um homem que tem ralações sexuais com outro homem, homossexual.” (RIENECKER e ROGERS, Chave línguística do N.T. grego, Vida Nova, 1995)

"Alguém que se deita com um macho, sodomita (1 Co 6.9; 1 Tm 1.10)." (MOULTON, Léxico Grego Analítico, Cultura Cristã, 2007, p. 59)

"Homossexual, sodomita: 1 Co 6,9." (RUSCONI, Dicionário do Grego do Novo Testamento, Paulus, 2003, p. 78)

As principais versões da Bíblia em português traduziram o termo conforme abaixo:

- Almeida Revista e Corrigida: sodomitas
- Almeida Revista e Atualizada: sodomitas
- Nova Versão Internacional: homossexuais ativos
- Nova Tradução na Linguagem de Hoje: homossexuais
- Bíblia de Jerusalém: sodomitas

3- O verbo indicativo, imperfeito, acusativo ητε (ête)

O verbo grego ête foi traduzido por “fostes” (ARA), “têm sido” (ARC), “eram” (NTLH), “foram” (NVI) e “fostes” (Bíblia de Jerusalém).

O imperfeito expressa uma ação prolongada ou recorrente no tempo passado (MOULTON, 2007, xlix).

O verso 11 deixa claro, que se espera uma nova postura e conduta por parte daqueles que viveram na prática homossexual, uma vez que mediante a fé foram lavados, santificados e justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus:

Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”

Tentar afirmar que o texto de 1 C0 6.9-11 aprova a prática homossexual entre os cristãos é uma agressão ao bom senso, ao texto original grego e às regras de interpretação da Bíblia.

Sendo assim, os teólogos que tentam encontrar na exegese e na hermenêutica bíblica os fundamentos para defender tal idéia, precisariam:

- Forçar a interpretação do texto (eisegese);
- Negar a autoridade da Bíblia;
- Duvidar da inerrância da Bíblia;
- Acusar os escritores bíblicos de “machistas” ou “tradicionalistas”;
- Desconstruir hermenêuticamente o texto sagrado.
- Desacreditar os sérios e altamente capacitados exegetas e hermenêutas da atualidade;
- Relativizar a inspiração da Bíblia.


No amor de Cristo e pela defesa da fé que uma vez nos foi dada,
 
 
 
http://www.altairgermano.com/2009/12/questao-homossexual-e-fe-crista_09.html
 
 
 
Reproduzido Por: Dc. Alair Alcantara



Liberdade




segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Não temas, filho! Neemias 4.14 - por Alberto Oliveira



“(Fiz uma rápida inspeção [1]) inspecionei, dispus-me e disse aos nobres,
aos magistrados e ao resto do povo: não os temais;
lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos, vossas filhas, vossa mulher e vossa casa. Ne 4.14.


Neemias voltara de Jerusalém cerca de dez anos após o retorno de Esdras, que reconstruía o Templo. Mas os muros da cidade estavam ainda derribados, pois toda a cidade havia sido destruída por Nabucodonosor, rei da Babilônia, que levou muitos judeus ao exílio babilônico. O império babilônico caiu diante do império Persa, comandado por Ciro, que autorizou o retorno de Esdras e a reconstrução do templo (2). Já Neemias era copeiro do rei Artaxerxes, sucessor de Ciro, que autorizou seu retorno para reconstruir os muros da cidade (3). Após o início da obra, inimigos de Israel, amonitas, filisteus, moabitas e samaritanos, motivados por inveja, ergueram-se contra ela e o povo de Deus.


Por que não temer? 1 porque o Senhor é soberano, em qualquer situação Ele continua sendo Deus – inclusive em tempos ruins; 2 porque o Senhor nos deixou um refúgio de conforto – a oração; 3 porque temos promessas que podemos confiar e sobre estas bases podemos mudar nossas atitudes.


Aplicação: Podemos, sem forçar muito o texto, ver um quadro da vida cristã sendo pintado em Neemias. Seu próprio nome, que significa Javé consola, já bastava para não termos medo de nossos inimigos, mas podemos aprender mais. Neemias lidera o povo que passou pelo cativeiro, como uma forma de castigo, pois este havia dado as costas a Deus e se prostituído com ídolos. Deus trabalha de uma forma soberana com seu povo eleito, os entregando aos seus inimigos e usando estes para aplicar Sua disciplina, não os abandonando e no tempo certo os trazendo de volta a Jerusalém. Primeira lição: não importa onde e como estamos, o Senhor é Deus e é Soberano, e está no controle.
Imaginemos o retorno a Jerusalém, a reconstrução do Templo e dos muros como nossa conversão e espera pela Jerusalém Celestial, e a reconstrução de nossa vida (casa do Espírito e do próprio Jesus [4]) e de nossa defesa. É certo que durante este processo, sofremos e sofreremos resistência de inimigos, de falsos amigos, e do inimigo a saber: satanás. Mas quem começou o processo (Deus) nos dará força até o final.


Segunda lição: Neemias nos ensina a ter um refúgio. Segundo NCBSJ-AT (5), o seu refúgio “é baseado na convicção de que Deus direciona os acontecimentos.” Neemias, crendo nesta convicção de soberania, ora quando ouve a notícia de como se encontra Jerusalém, ora ao falar com o rei, ora ao saber da perseguição que sofreria e por proteção durante a construção (6). Aprendemos também que não importa o nosso passado, ou quanto destruídos fomos (ou estamos), devemos orar a Deus, não temer e arregaçar nossas mangas buscando nos reconstruir (mesmo que Deus faça a maior parte, assim como na história Ele não pegou na colher de pedreiro, em nossa vida há coisas que cabem a nós realizarmos, tais como, procurarmos um emprego melhor, estudarmos, fazermos cursos, abandonar coisas que nos fazem mal, cuidar da saúde, entre outras). Devemos também notar, que sobre nossos inimigos, devemos agir diferente, “tivesse Neemias conhecido a mensagem de Cristo, não teria orado como fez no versículo cinco (7)”. Como nós já ouvimos esta mensagem, façamos como Jesus nos ensinou: interceder pelos inimigos (8). É fato que passamos por momentos frágeis em que “uma raposa derribará” nossa vida, como ridicularizaram os inimigos de Neemias no verso três. Também é fato que em alguns momentos podemos nos irar, e fazer aquelas orações de falsa piedade: “Senhor, olha pra mim, faça justiça, pese a mão sobre os que se levantam contra mim e meus planos”. O antídoto contra isto é um coração não somente de constante oração, mas humilde diante do Senhor. Li em algum lugar (onde, não me recordo, lembro apenas da ideia) que se orarmos pedindo por justiça, podemos colher o juízo justo do Senhor que é imparcial, mas se pedirmos misericórdia por nós, e por nossos inimigos, as misericórdias conquistadas cruz, rodearão a nós e a nossos inimigos, podendo influenciá-los para a Justiça. Se mostrarmos misericórdia com nossos inimigos, estamos mais próximos do mandamento de Jesus de amar ao próximo. Creio na soberania de Deus, mas, esta fé, conforme defende Guthrie (9) “não significa piedosa aceitação do sofrimento (...) mas esperança – e, portanto atuação confiante.” Esta esperança baseada na soberania dAquele que é “grande e temível”, nos dá força e confiança para lutarmos por nossa vida (os estudiosos enxergam uma preocupação com a própria defesa de Neemias no verso 18, o que é justo já que ele era o principal alvo), lutarmos por nossos filhos (as), por nossas esposas (os) e por nossa casa, sem temor, pois sabemos em quem temos crido (10).


Terceira lição: comece a mudar o seu modo de vida. Busque coisas que lhe edifiquem. Busque, assim como Neemias (11) comunhão. Esta é a parte em que a igreja é importante, pois lá encontraremos guerreiros que estarão dispostos a tocar a trombeta, nos alertando do perigo, e guerreando em oração com a gente, dispostos a morrer conosco, confiando que o Senhor nos sustentará. Mas esteja também pronto para a resistência, para os julgamentos, para a ridicularização, para a suspeita e para o confrontamento. Nossa espada (A Palavra de Deus [12]) deve sempre estar conosco, pois através dela nos defendemos com as promessas do Evangelho e atacamos proclamando o amor contido nele.



Referências:
(1) NVI;
(2) Esdras 1.1-15;
(3) Neemias 2.1-10;
(4) Hebreus 3.6;
(5) Novo Comentário Bíblico São Jerônimo – AT, Raymond E Brown, Joseph A Fitzmyer e Roland E Murphy (editores) – Academia Cristã e Paulus, p. 782;
(6) Neemias 1.4-11; 2.4; 4.4-5,9;
(7) Comentário Bíblico devocional do Velho Testamento - F B Meyer – Betânia, p. 242;
(8) Mateus 5.44;
(9) Sempre se Reformando - Shirley C. Guthrie, p 110;
(10) 2Timótio 1.12;
(11) Neemias 4.20;
(12) Efésios 6.17;




Ave Crux, Unica Spes!

Ave Crux, Unica Spes!
"Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias." Lutero



http://ecclesiareformanda.blogspot.com/



Reproduzido Por: Dc. Alair Alcantara



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