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Reproduzido Por: Dc. Alair Alcantara
Depois de o juiz da 9ª Vara Criminal de São Paulo, Glaucio Roberto Brittes de Araújo, aceitar denúncia do Ministério Público contra o bispo Edir Macedo e mais nove pessoas ligadas à Igreja Universal do Reino de Deus por lavagem de dinheiro, organização criminosa e formação de quadrilha, em agosto passado, os Estados Unidos também decidiram abrir investigação criminal contra os acusados.
O grupo ligado à Universal é suspeito de estelionato, desvio de recursos e de lavagem de dinheiro em território americano, como mostrou reportagem desta quinta-feira do “Jornal Nacional”, da Rede Globo.
Segundo a denúncia dos promotores brasileiros, Edir Macedo, fundador da Igreja Universal, seria o chefe de uma quadrilha que usava empresas de fachada para desviar recursos doados por fiéis. Em vez de ser destinado a obras sociais, esse dinheiro é usado para enriquecimento pessoal, compra de empresas e uma série de fraudes.
Apenas em 2004 e 2005, as empresas Unimetro Empreendimentos e Cremo Empreendimentos teriam recebido R$ 71 milhões da Universal. O dinheiro teria sido usado em benefício da quadrilha denunciada, o que desvirtua a finalidade das doações à igreja, que tem isenção de impostos.
Nos EUA, a investigação será comandada por promotores de Nova York, com quem autoridades brasileiras fecharam acordo de cooperação. O pedido foi feito pelo Ministério Público de São Paulo, que denunciou à Justiça brasileira Edir Macedo e outros integrantes da igreja.
As investigações em Nova York ficarão a cargo da Promotoria Criminal. O chefe da Divisão de Combate a Fraudes e a Crimes Financeiros é o promotor de Justiça Adam Kaufmann, que já colaborou com autoridades brasileiras em investigações. Ele conseguiu, por exemplo, que a Justiça americana decretasse a prisão do deputado Paulo Maluf (PP-SP), ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, por desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro.
“Tipo de fraude bem documentada nos EUA”
Quando esteve no Brasil, recentemente, Kaufmann contou que já investigou também crimes envolvendo igrejas:
De acordo com a investigação no Brasil, a maior parte das operações clandestinas de remessas de dinheiro da igreja foi feita de um prédio, em São Paulo, onde funcionou a Diskline, uma casa de câmbio que, durante 15 anos, trabalhou para a Universal, convertendo reais doados por fiéis em dólares depois depositados nos EUA.
Há um mês, antes da decisão sobre essa apuração, o chefe da equipe responsável pela investigação americana disse que só aceita cooperar com outros países nos casos em que considera as provas consistentes. E afirmou:
- Os criminosos não respeitam fronteiras e buscam todos os meios para salvar o que mandaram para fora. Mas o dinheiro deixa pistas pelo caminho. E o fundamental é seguir esses rastros – disse Kaufmann. O advogado Arthur Lavigne, que representa Edir Macedo e a Universal, disse ao “Jornal Nacional” não ter tomado conhecimento daabertura de investigação nos EUA.
Fonte: O Globo
Usina afirma que vai colaborar na apuração das causas do apagão desta madrugada
O Brasil recebe agora 9.800 megawatts de energia produzida por Itaipu.
- Neste momento, 18 unidades geradoras produzem energia para o Brasil e o Paraguai.
O presidente da Itaipu, Jorge Samek, disse nesta manhã, em entrevista ao programa São Paulo no Ar, que ainda não se sabe a causa do apagão na noite da última terça-feira, mas que a energia produzida pela hidrelétrica foi rejeitada pelas redes de transmissão e que Itaipu funcionava normalmente quando ocorreu o apagão.
O fornecimento de energia já voltou ao normal em boa parte do país. O apagão generalizado começou pouco depois das 22h e afetou os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Espírito Santo, Goiás, Santa Catarina, Pernambuco e mais o Distrito Federal.
Por volta das 23h30, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o apagão foi de 14 mil megawatts e que o problema começou com a falha em uma linha de transmissão da usina hidrelétrica de Itaipu.
Em nota, a empresa informou que o sistema de Furnas, responsável por levar a energia de Itaipu para o Sul e Sudeste do país, também foi afetado. O fenômeno é chamado de efeito dominó pela usina.
Até o início da manhã desta quarta-feira, Furnas ainda não havia se manifestado sobre o apagão.
Este foi o terceiro blecaute em dez anos sofrido pelo Brasil. O primeiro grande apagão brasileiro aconteceu em 17 de setembro de 1985, quando nove Estados ficaram sem luz por cerca de três horas. Mas o termo apagão ficou “conhecido” mesmo no país em 1999, quando dez Estados e o Distrito Federal ficaram cerca de quatro horas no escuro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se reunir na manhã desta quarta-feira (11) com o ministro de Minas e Energia para discutir as causas do apagão.
http://noticias.r7.com/brasil/noticias/itaipu-diz-que-opera-normalmente-desde-as-6h-20091111.html
Reproduzido por: Liberdade
SÃO PAULO - Principal símbolo da Guerra Fria, o Muro de Berlim representou, durante 28 anos, um mundo dividido ideologicamente. A queda da barreira física que refletia a diferença entre regimes socialistas e capitalistas anunciou o desmanche da maior potência comunista da época, a União Soviética, e marcou o fim de uma era, segundo especialistas ouvidos pelo Último Segundo.
Esta é uma das reportagens que fazem parte do especial sobre os vinte anos da queda do Muro de Berlim. Entrevistas, artigos, infográficos, galerias de fotos e vídeos buscam mostrar o impacto político, econômico e cultural de um dos fatos históricos mais importantes do século 20.
Getty Images |
Soldados do lado Oriental atravessam barreira após queda do Muro |
"A queda do Muro é o símbolo máximo da falência do sistema comunista e da derrota do socialismo real. Foi o grande impulso que gerou a derrocada da União Soviética", afirma o cientista político Christian Lohbauer, membro do Gacint (Grupo de Análise da Conjuntura Internacional da Universidade de São Paulo).
"É um fato histórico que ultrapassa as dimensões alemãs e europeias, que marcou a vida de todas as pessoas, países e organizações por ser a imagem muito poderosa do fim de uma era", completa Lohbauer.
Para o historiador Angelo de Oliveira Sagrillo, professor de História Contemporânea da USP, a queda do Muro de Berlim evidenciou que a União Soviética deixaria de interferir nos países do Leste Europeu para conter movimentos de resistência ao comunismo, como fez anteriormente na Hungria e na Tchecoslováquia, por exemplo.
As políticas de liberalização e reestruturação na URSS (conhecidas como Glasnost e Perestroika), somadas à afirmação do então secretário-geral do Partido Comunista soviético, Mikhail Gorbachev, de que as tropas soviéticas não iriam interferir no regime comunista da Alemanha, impulsionaram os movimentos de resistência do país. Esses fatores foram cruciais para a queda do Muro e para o fim da União Soviética, dois anos depois.
"O regime comunista caiu primeiro no Leste Europeu porque tinha sido implantado por uma força externa – a URSS –, depois da Segunda Guerra Mundial", explica Angelo de Oliveira Sagrillo. "Na Rússia, ao contrário, a revolução socialista foi um movimento interno, nativo, do povo. Lá o socialismo tinha raízes mais fortes, e por isso conseguiu resistir mais um pouco".
Veja no mapa como foi o colapso da União Soviética
O professor ecoa a tese do historiador britânico Eric Hobsbawm, para quem o século 20 foi um "século curto". "Trata-se de um período iniciado em 1917 pela Revolução Russa, que introduziu um regime de produção diferente do capitalismo, e fechado pela queda do Muro de Berlim e pelo fim da União Soviética", acredita.
Para Christian Lohbauer, fatos como a chegada do homem à Lua e os ataques terroristas de 11 de setembro devem rivalizar com a queda do Muro de Berlim quando, nas próximas décadas, os historiadores avaliarem o momento histórico que encerrou a idade contemporânea. Sem hesitar, ele opta pela queda do Muro.
"Toda a História recente do mundo foi transformada por esse símbolo que mudou a humanidade e marcou a cultura universal", afirma, notando que, no dia 9 de novembro de 1989, quando a barreira foi ao chão, nenhum tiro foi disparado.
"O Muro estava ali para durar para sempre. Em 8 de novembro, nenhum cientista político, economista, presidente ou gênio da lâmpada imaginava que ele fosse cair no dia seguinte", acrescenta. "Foi uma daquelas surpresas da História".
Veja no infográfico como era a divisão da Alemanha e um raio-x do Muro
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