O projeto de lei enviado pelo governo federal ao Congresso para mudanças na legislação que obriga a administração federal a fazer economias para o pagamento de dívidas (superávit primário) contou com apoio de boa parta da bancada evangélica.
Considerado por especialistas como um retrocesso, pois anula boa parte da elogiada Lei de Responsabilidade Fiscal – considerada um dos maiores avanços na direção do saneamento das contas públicas – o PLN 36/2014 está prestes a ser aprovado, dependendo apenas da votação de um detalhe na próxima semana.
A votação realizada na madrugada da última quinta-feira (04), contou com a presença de apenas 300 deputados, de um total de 513. Desse número, 240 votaram a favor e 60 foram contra.
Entre os integrantes da bancada evangélica que se opuseram ao projeto estão os pastores Marco Feliciano (PSC-SP), Roberto de Lucena (PV-SP) e Hidekazu Takayama (PSC-PR), além de Henrique Afonso (PV-AC), Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Vaz de Lima (PSDB-SP). Mais de 30 parlamentares da bancada evangélica se ausentaram da sessão que aprovou o PLN 36/2014, abstendo-se de opinar sobre uma questão relevante para economia do país.
O senador Magno Malta (PR-ES) classificou a mudança na legislação como uma “vaidade” da presidente Dilma Rousseff (PT), que teria oferecido “inúmeros pacotes de ‘bondade’ meramente eleitoreiros sem pensar nas contas do país”.
“Parece que por deliberação, auto vaidade e poder da presidente da República, a Lei de Responsabilidade Fiscal será violada. Violar a Lei de Responsabilidade Fiscal é tentar colocar São Paulo em Sergipe, não cabe!”, criticou. Assista:
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