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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Estudo VI - A IGREJA SEM PAREDES


Por Pr. Alair Alcântara!!!


“Porque Ele é a nossa paz , o qual de ambos (judeus e gentios) fez um... tendo derribado a parede da separação”. (Efés. 2:14)

O poder transformador da cruz faz surgir uma nova humanidade. As boas-novas são que embora possam haver diferenças entre pessoas, gêneros, culturas, raças e nações, o propósito divino final é levar todos os seres criados à unidade em Cristo (Efés. 1:10). Todas essas distinções, embora reais, são substituídas pela unidade que temos em Cristo.

Sem Cristo: alienação

Tendo mostrado a primeira parte de Efésios 2 que a graça de Deus trouxe o dom gratuito da salvação aos indivíduos, o apóstolo, a partir do verso 11, muda seu enfoque para o que Deus fez para levar reconciliação a comunidades até então divididas.

Que quatro limitações Paulo mencionou dos gentios que viviam sem Cristo? (Efés. 2:11-12)

Os judeus chamavam os gentios de incircuncisos em sentido pejorativo e se chamavam de circuncisos em sentido de orgulho. Paulo declarou a inutilidade dessa prática, dizendo que a circuncisão dos judeus, afinal, era feita “na carne, por mãos humanas”. Embora a circuncisão tivesse seu significado espiritual no passado, agora, em Cristo, ela fora ultrapassada pela circuncisão do coração- aliança espiritual disponível tanto para judeus como para gentios.

Em contraste com os judeus, os gentios eram excluídos da comunidade de Deus. Eles não tinham parte na aliança da promessa. Não tinham esperança e, conseqüentemente, não tinham futuro. O pior de tudo, é que não tinham o Deus verdadeiro. Tudo que eles tinham era esse mundo com sua filosofia distorcida, prazeres sensuais e estilo de vida pagão. Era esse o empenho dos gentios; de certa forma, é também o empenho de todos os que vivem na escuridão do pecado e da separação de Deus.

Em Cristo: proximidade- (Efés. 2:13)

Mas agora. Duas pequenas palavras introduzem um tema que mudou o curso da história da redenção. No passado, os gentios estavam sem Cristo. “Mas agora” o Céu interveio na pessoa de Cristo para tratar a situação trágica e patética em que os gentios estavam.

Deus escolhera a Israel. Ele o chamara para conservar entre os homens o conhecimento de Sua lei, e dos símbolos e profecias que apontavam ao Salvador.

Os rabinos afirmavam orgulhosamente que nenhuma nação estava tão próxima de Deus quanto Israel. Isso era verdade como parte da aliança de Deus com Israel; porém, a proximidade não devia ser entendida como exclusividade. Ao contrário, era um privilégio de comunicação do qual deveria fluir um testemunho constante aos que estavam longe; isto é, aos gentios. Israel falhou nesse dever.

Em Cristo desaparece a distância. NEle existem proximidade, cidadania celestial, promessa, esperança e paz.

Não mais paredes (Efes. 2:14-15Gal. 6:15)

Como nossa paz, Cristo derrubou “a parede da separação que estava no meio”. Parede aponta para mais do que o muro do templo que separava o pátio dos gentios de outras áreas às quais só os judeus tinham acesso. Refere-se a divisões religiosas, sociais e políticas que mantinham separados os dois grupos. Mas, ao morrer pelos pecados de toda a humanidade, Cristo trouxe paz em duas dimensões: verticalmente, entre Deus e a humanidade; horizontalmente, entre pessoa e pessoa. A primeira proclama que Deus ama a todos igualmente; a última declara que em Cristo “não pode haver judeu nem grego...(Gal. 3:28).

Segundo, Cristo aboliu, na Sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças. Embora tenha havido um grande debate sobre a que lei Paulo está se referindo aqui (moral ou cerimonial), o argumento dele é que por meio de Cristo tudo o que dividia judeus e gentios foi abolido em Jesus. (Paulo aqui se refere aos rituais cerimoniais, em especial a lei da circuncisão, que dividia judeus e gentios).

Terceiro, Cristo criou “em Si mesmo, um novo homem”. Esta é a matemática do evangelho: 1+1= 1. A impossibilidade se torna possível. Não mais judeu, não mais gentio, mas uma nova criatura, em que as pessoas definem sua condição não por causa de casta, cor, gênero, nacionalidade ou tribo, mas em termos de uma relação permanente com o Cristo da cruz.

Reconciliação e Acesso

Em virtude da nossa união com Cristo, que privilégios nos são prometidos? (2 Cor. 5:17-19Efés. 2:16-18Col. 1:20-22)

Que grandes privilégios temos em Cristo! Os estrangeiros agora são cidadãos. Os desesperados recebem esperança. As paredes de divisão são derribadas. Cristo reconciliou o que era irreconciliável. Ele fez isso, não impressionando os judeus para a necessidade de acomodar os gentios e nem convertendo os gentios ao sistema religioso dos judeus, que, sem dúvida, era superior a qualquer coisa que os gentios tivessem. Não, Cristo realizou a reconciliação de judeus e gentios tratando de um problema comum a ambos- o problema do pecado, que é a causa de toda inimizade.

A casa de Deus- (Efés. 2:19-22)

Da tragédia à alegria. Da alienação à comunhão. O trabalho de salvação realizado por Cristo cumpriu tudo isso, e agora apresenta aos crentes sua nova condição. Primeiro: cidadania. O cristão é cidadão do reino de Deus.

Segundo: sociedade na casa de Deus. O cristão não é apenas cidadão, mas membro da família de Deus.

Terceiro: somos templos de Deus. A união de todos os crentes em Deus e a unidade entre os grupos alienados, servem para o propósito de ser santuário de Deus, lugar para habitação de Deus, no Espírito. A igreja sem paredes se torna o templo santo de Deus (1 Cor. 3:16).

“As mesmas influências que separavam os homens de Cristo dezenove séculos atrás, acham-se hoje em dia em operação. O espírito que ergueu a parede separatória entre judeus e gentios, está ainda em atividade. O orgulho e o preconceito têm construído fortes muros de separação entre as diferentes classes de homens. Cristo e Sua missão têm sido desfigurados, e multidões sentem-se virtualmente excluídas do ministério do evangelho. Não sintam elas, porém, que se acham excluídas de Cristo. Não há barreiras que o homem ou Satanás possa levantar, que a fé não seja capaz de atravessar”. (O Desejado de Todas as Nações, pág.403).

Postado Por Pr. Alair Alcântara

Liberdade

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