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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sarney se contradiz ao explicar relação com genro de Agaciel

Ele buscou em homônimo de Rodrigo Cruz justificativa para declaração dada à tribuna de que não o conhece

Leandro Colon e Rosa Costa - O Estado de S.Paulo

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Wellington Salgado (PMDB-MG) mostra foto de Rodrigo Miguel Cruz, que seria a quem Sarney se referiu

PABLO VALADARES/AE

Wellington Salgado (PMDB-MG) mostra foto de Rodrigo Miguel Cruz, que seria a quem Sarney se referiu

BRASÍLIA - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), apresentou mais uma explicação para rebater novas acusações de ter mentido em plenário. Desta vez, ele buscou em um homônimo do genro de Agaciel Maia, Rodrigo Cruz, a justificativa para a declaração dada à tribuna de que não o conhece. Sarney foi padrinho de casamento de Cruz no dia 10 de junho. "Não sei quem é", disse na quarta-feira, durante discurso no plenário do Senado.

Pressionado pela divulgação de que Cruz é seu afilhado, Sarney divulgou nesta quinta-feira, 6, por meio de sua assessoria de imprensa, uma nota dizendo que, na verdade, referiu-se a outra pessoa, chamada "Rodrigo Miguel Cruz". Segundo Sarney, ele seria ex-funcionário de Roseana Sarney e seu nome é o que aparece na representação protocolada pelo Psol no dia 30 de junho. "É este que está relacionado na denúncia do Psol, que se baseia em O Estado de S. Paulo", diz a nota.

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Os documentos desmentem, mais uma vez, o senador. A representação do Psol não cita nenhum "Rodrigo Miguel da Cruz". Na página 4, está o nome de "Rodrigo Cruz" e uma referência a um endereço do estadão.com.br com a lista de apadrinhados e parentes de Sarney envolvidos em atos secretos. Ao acessar o nome de "Rodrigo Cruz" no site, surge a descrição de que ele é a pessoa que casou-se com Mayanna Maia, filha de Agaciel Maia, no dia 10 de junho. Sarney foi padrinho do casamento.

Reportagem publicada pelo Estado no dia seguinte revelou que o noivo ganhou emprego no Senado por meio de ato secreto. Rodrigo Cruz foi nomeado em 19 de janeiro de 2006. Trabalhou no gabinete do Maguito Vilela e na Secretaria Especial do Interlegis. O "Rodrigo Miguel Cruz" citado por Sarney trabalhou entre 2003 e 2007 no gabinete de Roseana e do então senador e hoje ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). Ele não aparece em atos secretos, nem na representação do Psol.

Quebra de decoro

Nesta quinta-feira, em plenário, o senador José Nery (Psol-PA) afirmou que Sarney pode ter quebrado o decoro parlamentar novamente. "O senador Sarney faltou com a verdade", disse. Irritado, Sarney chegou a levantar a suspeita de que o Psol possa ter fraudado a representação para incluir o endereço do portal do Estadão. Nery pediu respeito a Sarney e exigiu que o Conselho de Ética comprove que não houve alteração no documento.

Não é a primeira vez que Sarney se confunde nas explicações. Sua assessoria divulgou três notas diferentes para esclarecer a omissão de uma casa R$ 4 milhões na declaração de bens à Justiça Eleitoral. Na última versão, sobrou para um contador, que teria "esquecido" de incluir o imóvel. Em outro episódio, Sarney afirmou que não tinha qualquer responsabilidade administrativa com a Fundação José Sarney, suspeita de desvios de verba da Petrobrás. Reportagem do Estado mostrou que o presidente do Senado é presidente vitalício da entidade, conforme o estatuto da própria fundação.









http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,sarney-se-contradiz-ao-explicar-relacao-com-genro-de-agaciel,414721,0.htm

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Desmatamento na Amazônia cai 75% em relação a junho de 2008, diz Imazon

O índice de área desmatada na Amazônia Legal no mês de junho caiu 75% em relação ao mesmo mês no ano passado. Em junho de 2008, 612 quilômetros de floresta foram devastados, enquanto que em junho de 2009 esse número caiu para 150, segundo levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

A maioria do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou em diversos estágios de posse e em áreas desocupadas. O restante aconteceu em assentamentos de reforma agrária, unidades de conservação e terras indígenas.
Futura Press
Apenas parte do território amazônico é monitorada pelo Imazon

Ainda segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), o desmatamento acumulado de agosto de 2008 a junho de 2009 totalizou 1.234 quilômetros quadrados. Isso representa uma redução de 74%, em relação ao desmatamento ocorrido no mesmo período do ano anterior (4.755 quilômetros quadrados).

Durante junho de 2009, o Estado que mais desmatou foi o Pará (81%, ou 121 quilômetros quadrados), seguido de Mato Grosso (7%, ou 11 quilômetros quadrados) e Rondônia (7% ou 11 quilômetros quadrados).

Quanto às florestas degradadas, houve um aumento em junho de 2009 de áreas que sofreram intensa exploração madeireira ou fogo florestal de várias intensidades, e esse número ficou em 661 quilômetros quadrados. A maioria da degradação ocorreu em Mato Grosso (84%), no Pará (14%) e o restante em Rondônia e Acre.

Trinta e seis municípios considerados “críticos do desmatamento” foram analisados e, de acordo com o SAD, o desmatamento acumulado nesses territórios foi de 677 quilômetros quadrados. Houve uma redução de 76% no desmatamento, segundo o Imazon.

O Instituto informa que, em junho, não foi possível monitorar com o SAD 58% da Amazônia Legal devido a cobertura de nuvens. A região não mapeada corresponde quase à totalidade de Roraima, mais de dois terços do Amapá, e mais da metade do Amazonas e Pará. Por outro lado, houve menor proporção de nuvens (menos de 3%) em Rondônia, Acre e Tocantins. Além disso, parte do Maranhão que integra a Amazônia Legal não foi analisada.

Leia mais sobre: Amazônia







http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/07/31/desmatamento+na+amazonia+cai+75+em+relacao+a+junho+de+2008+diz+imazon+7600973.html

Uribe visita Chile e Argentina para defender bases dos EUA

Na véspera, Colômbia recebeu apoio do Peru e críticas da Bolívia sobre acordo militar com o governo americano

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Uribe ouviu críticas de Evo Morales ao acordo com os Estados Unidos

Reuters

Uribe ouviu críticas de Evo Morales ao acordo com os Estados Unidos

LIMA - Depois de receber o apoio do Peru e o rechaço da Bolívia para o controvertido acordo militar do país com os Estados Unidos, o presidente colombiano, Alvaro Uribe, visita nesta quarta-feira, 5, Chile e Argentina. A proposta, que ainda está em fase de negociação, poderá transformar o país latino-americano no reduto das operações militares americanas na América do Sul. O acordo prevê o uso, pelo Exército americano, de até sete bases militares na Colômbia.

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O líder peruano, Alan Garcia, um forte aliado de Uribe, disse que o Peru apoia o que chamou de "políticas fundamentais" do governo colombiano "Acredito que a história reconhecerá, em breve, o quanto foi feito em favor não apenas da Colômbia, mas do modelo democrático do nosso continente graças à força mostrada pelo presidente Uribe e seu governo", disse Garcia. O peruano comentou também o giro diplomático do colombiano para discutir a ideia. "O Uribe teve a sensibilidade para se dar conta de que o clima na região não está bom", disse Garcia.

Como já era esperado, Uribe teve uma escala difícil na Bolívia e ouviu críticas de Evo Morales. "Permitir bases militares na América Latina é uma agressão aos governos e democracias da América Latina. Vamos defender a soberania da América Latina", disse Morales após o encontro com Uribe. O boliviano anunciou que seu governo defenderá uma resolução na próxima cúpula da União Sul-americana de Nações (Unasul) contra instalação de bases militares estrangeiras na região. Uribe saudou "o povo irmão boliviano" e agradeceu a recepção do seu anfitrião.

Além da Bolívia, os governos da Venezuela, Nicarágua, Equador e do Brasil também criticaram os planos do governo colombiano. A escolha do Peru como primeiro escala da missão diplomática foi estratégica. García foi o único presidente a manifestar publicamente seu apoio ao acordo militar entre Bogotá e Washington, na semana passada. O desembarque em Brasília será na quinta. O governo colombiano informou que Uribe adiantará em um dia a visita que faria a Buenos Aires na quinta-feira. A mudança da data teria sido pedida pelo próprio Uribe à Cristina Kirchner, presidente argentina. Em seguida, o colombiano visita ainda Chile, Brasil, Paraguai, Bolívia e Uruguai. Em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva espera convencê-lo a desistir do acordo.

Nesta terça-feira, o assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marco Aurélio Garcia, disse ao assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, general Jim Jones, que a existência de bases militares americanas na região lembram a Guerra Fria. "Expressei nossa percepção de que bases estrangeiras na região parece um pouco como resquício da Guerra Fria", disse o assessor de assuntos internacionais.

A expectativa do governo brasileiro é a de que essa polêmica seja extinta com um recuo da Colômbia. A ocasião para tratar do assunto se dará amanhã, quando o presidente colombiano, Álvaro Uribe, desembarcará em Brasília para uma audiência com Lula. "Uribe avaliará o custo-benefício disso", declarou Garcia. Ele adiantou também que Lula insistirá para que Uribe participe da reunião da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), no dia 10, em Quito, Equador.








http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,uribe-visita-chile-e-argentina-para-defender-bases-dos-eua,413882,0.htm

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