“Orando em todo tempo no Espírito e para isso vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Efés. 6:18)
A Palavra e o Espírito
“Tomai... a espada do Espírito que é a Palavra de Deus” (Efés. 6:17)
A palavra de Deus é fundamental para a vida cristã. Sem ela, não saberemos quem é Deus, quem somos, como viemos a existir, como somos salvos do pecado, nem qual é nosso destino final. A história dá testemunho de que onde a Bíblia foi abandonada, mesmo que por um breve período, trevas de imensa magnitude assumiram o comando. Isto é verdade na vida individual, como também na Igreja como um corpo.
A revelação de Deus é vista de diversas maneiras (Hebreus 1:1-3). A maravilha dos céus, as belezas da natureza e as maravilhas da vida dão testemunho do Deus criador (Salmos 33:6-9). Mas a revelação de Deus por Seu Filho Jesus e pela Palavra escrita são inigualáveis no sentido de que a primeira nos traz salvação do pecado, e a última dá testemunho do ato salvador de Jesus. Desse modo, a Bíblia nos faz sábios “para salvação pela fé em Cristo Jesus” (2 Timóteo 3:15).
A espada e a batalha
Em Mateus 4:1-11, Jesus nos deu um exemplo de como podemos confiar na Palavra de Deus na guerra contra Satanás. Sua experiência no deserto nos ensina duas lições importantes:
Primeira, a guerra espiritual é real, e nenhum dos filhos de Deus pode escapar da sua realidade ou da violência de Satanás. Segunda, não é suficiente conhecer a Palavra; devemos conhecer o Autor da Palavra e ter confiança em Suas promessas. Satanás tentou usar a Palavra para lançar dúvidas sobre as promessas e propósitos de Deus, mas Jesus confiava na Palavra e seguia o caminho de Deus.
O soldado cristão deve usar essa Palavra, “viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes”(Hebreus 4:12), para penetrar e cortar, discernir o certo do errado e distinguir entre a voz de Deus e as sugestões do diabo. É isso que faz da Palavra uma arma tanto de defesa como de ataque.
A oração e a guerra cristã
Embora Paulo não tenha incluído a oração como parte da armadura cristã, o apóstolo reconhece que esta é indispensável para a vida e vitória cristã (Efés. 6:18).
A oração não é só um princípio essencial para a vida cristã diária; ela também tem uma dimensão escatológica. A oração dá não apenas forças para hoje mas também esperança para as provas do tempo do fim. Uma vida protegida como armadura de Deus, verdade, justiça, paz, fé, salvação e a Palavra- e ligada a Ele em oração- pode ser mais que vitoriosa sobre o mal.
A oração do Getsêmani, em que Jesus derramou o coração em agonia para conhecer e obedecer a vontade de Deus, preparou-O para a batalha decisiva da cruz (Mat. 26:36-46).
A oração e vitória cristã (Efés. 6:18-20)
Nos sistemas não-bíblicos, a oração é a busca do ser humano por Deus, uma procura pelo desconhecido. Na Bíblia, a oração é nossa resposta à Palavra de Deus.
A oração freqüentemente é associada com necessidades pessoais, nossos filhos, nossa família. Quanto mais próxima estiver uma pessoa do nosso coração, mais freqüentemente pensaremos nela em nossas orações. Isso é natural, e não existe nada errado aí. Mas é errado quando a oração se limita só àquele círculo interno e não se expande para incluir os vizinhos, a comunidade, a igreja e, acima de tudo, o apressamento do reino de Deus. A oração pelos outros não significa que devamos ser magnânimos, mas reconhecer que a família de Deus é mais inclusiva do que a natureza humana nos faz crer.
Paulo pediu aos efésios que orassem para que ele fosse uma testemunha corajosa de Cristo e que fosse ousado para falar, como cumpria faze-lo. Que percepção poderosa da mente de alguém que estava morto para o eu!
“Orai sem cessar”(1 Tes. 5:17) exige que ordenemos a vida de acordo com a prioridade de Deus, para que em qualquer hora e qualquer lugar estejamos sintonizados com a vontade e os propósitos de Deus, e nossa vida se torne uma oração, um testemunho.
Entre as suas prioridades, qual é a posição da oração? Que mudança você teria que fazer em sua vida a fim de dar à oração a prioridade que ela deve ter?
Caráter Cristão (Efés. 6:21-23)
Paulo concluiu a epístola assim como começou: com uma saudação bondosa em nome de Jesus.
Os versos finais da epístola afirmam três características maravilhosas do caráter cristão:
Um companheirismo comum. Com palavras ternas, Paulo apresentou aos efésios o mensageiro que levaria sua mensagem – Tíquico. Antes do encontro com Jesus na estrada de Damasco, Paulo não podia ter dito aquelas palavras sobre Tíquico. Mas, no Cristo crucificado, Paulo viu desmoronarem os muros entre os judeus e os gentios. Ele aceitou Tíquico, um converso gentio, como irmão amado e ministro fiel. Nessa aceitação, vemos a glória de um companheirismo comum.
Uma preocupação comum. A comunidade em Cristo ultrapassa todos os tipos de fronteiras para afirmar uma preocupação comum. A Igreja apostólica tinha uma troca de saudações personalizada, compartilhando notícias e ajudando nas necessidades das outras congregações. Preservando esse costume, Paulo informou aos efésios que Tíquico daria um relatório oral das condições em Roma. Essas preocupações contribuem para a consciência global no meio das Igrejas.
Uma herança comum. A herança cristã é imperecível, e vem da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. O discipulado cristão pede uma permanência na relação entre os crentes e o Senhor. Os que têm essa relação de amor eterno, permanente com o Senhor, são os que recebem a herança de paz, amor, fé e graça. Com essas palavras, cada uma representando uma pedra preciosa na sala do trono de Deus no céu, Paulo encerrou a epístola.
A oração é a respiração do cristão, o conduto de todas as bênçãos. Quando a pessoa arrependida faz sua oração, Deus vê suas lutas, observa seus conflitos e percebe suas sinceridades.
Quanto mais vezes você se empenhar em oração, mais será atraído em sagrada proximidade de Deus.
Reproduzido Por: Dc. Alair Alcântara
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