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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Estados Unidos abrem investigação contra Edir Macedo

Edir Macedo participa de vigília realizada na enseada de Botafogo, em setembro de 2007

Edir Macedo participa de vigília realizada na enseada de Botafogo, em setembro de 2007

Depois de o juiz da 9ª Vara Criminal de São Paulo, Glaucio Roberto Brittes de Araújo, aceitar denúncia do Ministério Público contra o bispo Edir Macedo e mais nove pessoas ligadas à Igreja Universal do Reino de Deus por lavagem de dinheiro, organização criminosa e formação de quadrilha, em agosto passado, os Estados Unidos também decidiram abrir investigação criminal contra os acusados.

O grupo ligado à Universal é suspeito de estelionato, desvio de recursos e de lavagem de dinheiro em território americano, como mostrou reportagem desta quinta-feira do “Jornal Nacional”, da Rede Globo.

Segundo a denúncia dos promotores brasileiros, Edir Macedo, fundador da Igreja Universal, seria o chefe de uma quadrilha que usava empresas de fachada para desviar recursos doados por fiéis. Em vez de ser destinado a obras sociais, esse dinheiro é usado para enriquecimento pessoal, compra de empresas e uma série de fraudes.

Apenas em 2004 e 2005, as empresas Unimetro Empreendimentos e Cremo Empreendimentos teriam recebido R$ 71 milhões da Universal. O dinheiro teria sido usado em benefício da quadrilha denunciada, o que desvirtua a finalidade das doações à igreja, que tem isenção de impostos.

Nos EUA, a investigação será comandada por promotores de Nova York, com quem autoridades brasileiras fecharam acordo de cooperação. O pedido foi feito pelo Ministério Público de São Paulo, que denunciou à Justiça brasileira Edir Macedo e outros integrantes da igreja.

As investigações em Nova York ficarão a cargo da Promotoria Criminal. O chefe da Divisão de Combate a Fraudes e a Crimes Financeiros é o promotor de Justiça Adam Kaufmann, que já colaborou com autoridades brasileiras em investigações. Ele conseguiu, por exemplo, que a Justiça americana decretasse a prisão do deputado Paulo Maluf (PP-SP), ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, por desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro.

“Tipo de fraude bem documentada nos EUA”

Quando esteve no Brasil, recentemente, Kaufmann contou que já investigou também crimes envolvendo igrejas:
De acordo com a investigação no Brasil, a maior parte das operações clandestinas de remessas de dinheiro da igreja foi feita de um prédio, em São Paulo, onde funcionou a Diskline, uma casa de câmbio que, durante 15 anos, trabalhou para a Universal, convertendo reais doados por fiéis em dólares depois depositados nos EUA.

Há um mês, antes da decisão sobre essa apuração, o chefe da equipe responsável pela investigação americana disse que só aceita cooperar com outros países nos casos em que considera as provas consistentes. E afirmou:

- Os criminosos não respeitam fronteiras e buscam todos os meios para salvar o que mandaram para fora. Mas o dinheiro deixa pistas pelo caminho. E o fundamental é seguir esses rastros – disse Kaufmann. O advogado Arthur Lavigne, que representa Edir Macedo e a Universal, disse ao “Jornal Nacional” não ter tomado conhecimento daabertura de investigação nos EUA.

Fonte: O Globo



http://www.aracatinet.com/?p=9563




Reproduzido por: Dc. Alair Alcantara





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