"Nós somos testemunhas destas coisas, bem como o Espírito Santo, que Deus concedeu aos que Lhe obedecem." Atos 5:32 A CANETA PENTEL, fabricada no Japão, conquistou o mercado com uma quantidade mínima de publicidade. Dentro de um ano, as vendas em um só país alcançaram mais de 1,8 milhão de unidades. Por quê? Propaganda boca-a-boca. Empresários, empregados em escritórios, médicos, donas-de-casa, todos os que a usavam divulgavam a caneta, contando aos outros a seu respeito. É assim com o evangelho. Uma vez tendo feito uma diferença em nossa vida, estaremos sempre procurando maneiras de contar aos outros a seu respeito. Não importa quem sejamos ou o que façamos, se Jesus é nosso Senhor e Salvador, em certo sentido, somos todos ministros. Nos tempos do Novo Testamento, os crentes aceitaram os privilégios e responsabilidades relacionadas com o testemunho. Mas "nos tempos da Reforma, o conceito bíblico do sacerdócio de todos os crentes havia-se desgastado por uma igreja hierárquica e centrada nos sacerdotes. A reafirmação que Lutero fez daquele princípio era um protesto contra o poder clerical". - Rex D. Edwards, Every Believer a Minister, pág. 82. Clérigos e Leigos? A palavra grega para ‘ministério’ é diakonia, dando o conceito de ‘serviço’ (veja Atos 20:34; Atos 24:23). Esse ministério, ou serviço, é responsabilidade de todos os crentes, e "pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério [serviço]" (Efés. 4:11, 12). A palavra ‘leigo’ provém da palavra grega laos, significando ‘povo’. Infelizmente, essa palavra adquiriu um sentido negativo. Ela se refere a uma pessoa que não está capacitada para exercer determinada profissão. Na igreja, o sentido é que os leigos têm um status secundário. Mas não é sempre fácil evitar essa palavra. Em muitos casos, a expressão "membro da igreja" ou "crente" poderia substituir a palavra ‘leigo’. A palavra ‘clérigo’ provém do grego kleros, significando "parte" ou "porção". Muitos consideram que os ministros ordenados estão separados dos membros comuns da igreja. Eles são considerados aquela parte do corpo de Cristo ordenada para atuar exclusivamente como ministros. A palavra ‘clérigo’ sugere que uma pessoa pertence a uma categoria especial, o ‘clero’, a quem, unicamente, Deus confiou uma porção especial de sabedoria, poder e trabalho. Mas a distinção entre "leigos" e "clero" não é bíblica. A Reforma Protestante insistiu no "sacerdócio de todos os crentes". Entretanto, dentro desse ministério geral ao qual todos os crentes são chamados, reconhecemos o serviço especial de diáconos, anciãos e pastores, que assumem sua responsabilidade pela imposição das mãos. "Os ministros não devem fazer a obra que pertence à igreja, fatigando-se assim, e impedindo que outros cumpram seu dever. Eles devem ensinar os membros a trabalharem na igreja e entre a vizinhança." (Serviço Cristão, pág. 69). Qualificações Para o Ministério Explique a relação que existe entre o Espírito Santo e nossas qualificações para o serviço. Atos 19:1-6 O que aconteceu a esse grupo de doze efésios é semelhante ao que aconteceu às pessoas reunidas no cenáculo (Atos 2:1-13). Houve com as pessoas em Éfeso, onde a deusa Ártemis (Diana) reinava suprema, o mesmo que aconteceu com as pessoas em Jerusalém, que ficaram maravilhadas pelo poder do Espírito Santo de Deus. Esse acontecimento plantou algumas das sementes que ajudariam Éfeso a tornar-se o centro do cristianismo por diversos séculos. "Todos a quem veio a celestial inspiração, são depositários do evangelho. Todos quantos recebem a vida de Cristo são mandados trabalhar pela salvação de seus semelhantes. Para essa obra foi estabelecida a igreja, e todos quantos tomam sobre si os seus sagrados votos, comprometem-se, assim, a ser coobreiros de Cristo." (O Desejado de Todas as Nações, pág. 822). O propósito de Deus para uma congregação não é ter um pastor com algumas centenas de membros apoiando o trabalho do ministro. Ao contrário, Deus quer pastores e mestres "com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida de plenitude de Cristo" (Efés. 4:12,13). Dessa forma, todos nós nos tornamos ministros. Toda a congregação, com seu líder, deve estar ativa na adoração e no ministério. Os membros da igreja não serão motivados a partilhar o evangelho se crerem que essa é a responsabilidade do "ministro oficial". Deus espera que todos participem da ampliação de Seu reino, de acordo com os dons que lhes foram concedidos pelo Espírito Santo. Treinamento Para o Ministério Paulo deu uma espécie de treinamento na escola de Tirano, em Éfeso. Qual foi o resultado do treinamento ocorrido durante dois anos? Atos 19:8-10, 23-27 O que Paulo fez em Éfeso é um modelo para nossas igrejas. A fim de equipar os crentes para o ministério, o Senhor indicou as igrejas para serem centros de treinamento. "Muitos teriam boa vontade de trabalhar, se lhes ensinassem a começar. Necessitam ser instruídos e animados. Toda igreja deve ser uma escola missionária para obreiros cristãos." – Serviço Cristão, pág. 59. "Pastores... cristãos têm uma obra mais vasta do que muitos têm reconhecido. Não lhes cumpre somente servir ao povo, mas ensinar-lhes a servir. Não devem apenas dar instruções nos retos princípios, mas educar seus ouvintes a comunicar os mesmos princípios. ... Todo membro da igreja deve empenhar-se em algum ramo de serviço para o Mestre." – Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, pág. 149. "A melhor ajuda que os pastores podem dar aos membros de nossas igrejas não é sermonear, mas planejar o trabalho para eles." – Ibidem, pág. 82. Trabalhando Como Membros do Corpo A palavra grega para ‘ajudar’ no verso 9 significa "apressar-se para socorrer os que estão em perigo". Muitas pessoas hoje, ao redor do mundo ou do outro lado da rua, estão ansiosas de que alguém lhes ensine a respeito de Cristo. Estão esperando que a ajuda lhes venha. "Em vez de reter os pastores a trabalhar pelas igrejas que já conhecem a verdade, digam os seus membros a esses obreiros: ‘Vão trabalhar pelas almas que perecem em trevas. Nós tomaremos conta do serviço da igreja. Manteremos as reuniões e, permanecendo em Cristo, nos esforçaremos por conservar vida espiritual. Trabalharemos pelas almas que estão ao nosso redor.’"– Serviço Cristão, pág. 171. "Se fossem dadas as devidas instruções, caso fossem seguidos métodos apropriados, todo membro da igreja faria seu trabalho como membro do corpo. Faria trabalhomissionário cristão. Mas as igrejas estão morrendo, e querem que um ministro lhes pregue. ... Deve-se ensinar-lhes que, a não ser que possam permanecer por si sós, sem um ministro, precisam converter-se, sendo de novo batizados. Necessitam nascer de novo." (Evangelismo, pág. 381). Em algumas partes do mundo, um pastor tem em média dez a quinze igrejas. As estatísticas mostram que nessas áreas onde a proporção de pastores para os membros é mais elevada (por exemplo, um pastor para cada mil membros, em contraste com um pastor para 50 membros), a igreja tende a crescer mais rápido. Não se está sugerindo que as igrejas não devam ter pastores. Nem que o número de pastores deva ser reduzido. Essa estatística simplesmente indica que quanto mais os membros estão envolvidos no trabalho da igreja, mais a igreja cresce. Dons espirituais são habilidades especiais que o Espírito Santo dá aos membros da igreja com o fim de capacitá-los a ajudar a igreja no cumprimento de sua divina missão. Encontramos os dons espirituais relacionados em Romanos 12:6-8; 1 Coríntios 12:4-11, 28-30 , Efésios 4:11, 12. O fato de que existem muitos dons sugere que cada crente tem um ministério individual a exercer, um testemunho específico a dar. Embora recebamos os dons espirituais numa base individual, todos devemos estar preparados para testemunhar de nossa fé, partilhando nossas crenças e contando aos outros o que Deus fez por nós. "Todo cristão deve servir. Deve usar cada um de seus poderes físicos, mentais e morais, pela santificação do Espírito, para ser um coobreiro de Deus. Todos devem devotar-se ativamente e sem reservas ao serviço de Deus. Devem cooperar com Jesus Cristo na grande obra de ajudar os outros. Cristo morreu por cada homem. Resgatou a todos dando Sua vida na cruz. Isso Ele fez para que o homem não mais vivesse uma vida sem sentido, egoísta, mas para que vivesse para Jesus Cristo, que morreu por sua salvação. Nem todos são chamados para entrar no ministério, mas, ainda assim, devem servir. É uma ofensa ao Espírito Santo de Deus que qualquer pessoa prefira uma vida de satisfação própria.
Postado Por Dc. Alair Alcântara
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sábado, 27 de agosto de 2011
Estudo III - AS TESTEMUNHAS
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