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segunda-feira, 8 de março de 2010

Estudo VIII - UNIDADE NA DIVERSIDADE



“Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados uma só esperança da vossa vocação; há também um só Senhor, uma só fé, um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos” (Efés. 4:4-6)
Chegamos ao ponto central da epístola. Os primeiros três capítulos estabelecem a teologia da unidade cristã, unidade que anula todos os fatores divisores da humanidade. Os últimos três capítulos destacam as implicações práticas dessa unidade na vida do cristão. Agora, Paulo avança da teologia para a prática, da exposição à exortação, do que Deus fez ao que devemos nós fazer em resposta aos Seus atos em nosso favor. Nossa teologia deve iluminar nossa moralidade, e nossa moralidade deve refletir nossa teologia.
Andando de modo digno (Efés. 4:1-3)
Que cinco graças são fundamentais para o caráter cristão? (Efés. 4:2,3)
Humildade. Romanos e gregos consideravam a humildade um sinal de fraqueza. Para o cristão, no entanto, ela é fonte de força. É o oposto de orgulho.
A gentileza ou mansidão é essencial para a unidade da Igreja. Sendo o oposto da auto-afirmação, a mansidão não reage diante das ofensas. No fim, os mansos herdarão a terra (Mateus 5:5).
A paciência é característica do próprio Deus. Paciência significa resistência diante da aflição, recusa de vingas as injustiças, e não abrir mão de reparar relacionamentos interrompidos.
Suportar uns aos outros significa mais do que tolerância mútua. Envolve o entendimento da outra pessoa e disposição para se perdoarem e aceitar-se mutuamente.
Evidentemente, todas essas graças têm suas raízes no amor, e é a prática do amor que preserva as relações e promove paz e unidade na comunidade cristã e além.
Por que unidade? (Efés. 4:4-6)
Deus ordenou a unidade do corpo cristão. Um Deus por meio de um Cristo nos redimiu do pecado, deu-nos uma fé, nos regenerou por um Espírito, nos fez membros de um corpo por meio de um batismo, e nos deu uma esperança eterna. Toda a Divindade está envolvida na unidade da Igreja.
No quarto capítulo de Efésios o plano de Deus é revelado com tanta clareza e simplicidade que todos os Seus filhos podem se apropriar da verdade. Aqui é exposto claramente o meio que Ele designou para manter a unidade em Sua Igreja, isto é que seus membros revelem ao mundo uma experiência religiosa saudável.
Unidade: Diversidade de dons (Efés. 4:7-11; 1 Coríntios 12:28-31)
Diversidade não significa divisão; significa que existem diferentes dons, e esses dons devem ser usados para a unidade da Igreja. Afinal, o mesmo Espírito que distribui os dons nos permite trabalhar juntos para o fortalecimento e a edificação da Igreja de Deus.
Unidade: Equipados para o ministério (Efés. 4:12,13)
Equipar os santos se refere a preparar, treinar e torna-los pronto para o serviço para o qual eles são chamados.
Isso desperta a pergunta: Quem são os ministros da Igreja? De acordo com o Novo Testamento, todos os cristãos são ministros, comissionados pelo próprio Senhor para ir, fazer discípulos de todas as nações, batizar e ensinar (Mateus 28:18-20). O trabalho do ministério não é reservado a uns poucos privilegiados, mas a todos os que professam o nome de Cristo.
Nenhum dom que possamos ter – seja ensino, seja pregação, evangelismo, cura, aconselhamento, visitação, consolação, socorro – deve ser reservado para uso pessoal. Todos eles são designados para o bem coletivo e o crescimento da Igreja, caso contrário, os detentores terão seus dons retirados (Mateus 25:24-30). Uma pessoa plena de Cristo não pode permanecer muda quando alguém lá fora está sem Ele. Esse é o motivo do ministério.
Unidade: Crescendo em Cristo (Efés. 4:14-16)
Ir a Cristo, experimentar a unidade que transcende todas as divisões e estar equipado para o ministério não é o suficiente. Os cristãos devem crescer em Cristo.
Compare Efés. 4:14 com Mateus 18:3.
O desafio da maturidade cristã nos leva além da condição de meninos. O Evangelho de Jesus não é uma invenção humana. É o mistério de Deus que requer plena fidelidade àquele que nos chamou à Sua verdade, ao seu amor e ao chamado à unidade.
A Igreja deve distinguir entre o Evangelho e a heresia, e mesmo aqui a verdade deve ser exposta em amor. A verdade é dura quando não é suavizada pelo amor; o amor é inconstante se não é fortalecido pela verdade. Finalmente, o maior sinal de crescimento é total compromisso, e obediência a Cristo. Nós somos o corpo e cada parte e função do corpo deve ser ligada e integrada em Cristo.
“A ausência do Espírito é que torna tão impotente o ministério evangélico. Pode-se possuir cultura, talento, eloqüência ou qualquer dote natura ou adquirido; mas sem a presença do Espírito de Deus não se tocará nenhum coração, nem se ganhará pecador algum para Cristo. De outro lado se estão ligados com Cristo, e se possuem os dons do Espírito, os mais pobres e ignorantes de Seus discípulos terão poder que falará aos corações. Deus faz deles condutos para a difusão, no Universo, das mais elevadas influências”. (Parábolas de Jesus pág. 321)




Reproduzido Por: Dc. Alair Alcântara



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