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quarta-feira, 3 de março de 2010

Estudo V - A IGREJA: feitura de Deus



“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”(Efés. 2:8-9).
Mortos nos pecados- Efés. 2:1-3
Desde quando Adão e Eva decidiram seguir sua própria vontade, em vez da vontade de Deus, o pecado se tornou a sorte da raça humana. E porque o pecado é universal (Rom. 3:23), a morte é também.
Leia o que os versos revelam sobre a natureza do pecado (1 João 3:4; Tia. 1:15; Isa. 59:2; Rom. 14:23).
Efésios 2:2-3 diz três coisas sobre os incrédulos:
1a ) Eles viviam segundo a maneira de viver deste mundo, em desobediência a Deus e desunidos entre si. Ser amigo do mundo é ser inimigo de Deus, e, como inimigos, eles viviam em escuridão e alienação.
2a ) Eles seguiam o príncipe da potestade do ar. O príncipe é Satanás. Embora afirmem que Satanás não passa de mito, a Bíblia diz que ele é realidade (1 Pedro 5:8; Apoc. 12:10), que leva homens e mulheres a desobedecer a Deus.
3a ) Eles são corruptos. O pecado corrompe tudo- mente, pensamento, ações, desejos, vontade, etc. e, como tal, a natureza deles é depravada; dentro deles existe conflito perpétuo. Essa natureza espiritualmente corrupta e falida torna os pecadores “filhos da ira”- filhos que merecem o juízo de Deus.
Então, qual é a condição dos incrédulos? Estão mortos no pecado. Selaram seu destino, decidindo viver “segundo as inclinações da carne”. Estão mortos- mortos em sentido de finalidade, humanamente falando.
Mas Deus....
Paulo era mestre em transmitir as grandes verdades de Deus. Em Efés. 2:4, em duas palavras dramáticas, o apóstolo apresenta a solução gloriosa para a condição dos mortos em pecado: Mas Deus...
Essas duas palavras podem estar entre as mais belas histórias da Bíblia. Estávamos mortos, mas Deus...; éramos rebeldes, mas Deus...; estávamos condenados à morte, mas Deus...; éramos estrangeiros e peregrinos, mas Deus...; Satanás pode parecer triunfante, mas Deus... Enquanto essas duas palavras estiverem no vocabulário bíblico, nós temos esperança.
Note como a expressão “mas Deus”é usada na Bíblia (Atos 13:29-30; Rom. 5:7-8; Rom. 6:16-17; Filipenses 2:27).
Por que Deus agiu para nos livrar da escravidão da morte? Por que Deus escolheu nos salvar das garras do pecado? Por que não deixou Adão e Eva perecerem como resultado de sua escolha? Por que não criou para Si mesmo novas criaturas que O adorassem e O seguissem como Ele gostaria?
O apóstolo traz duas respostas: primeira, porque Deus é rico em misericórdia. A misericórdia é intrínseca à natureza de Deus (Deuteronômio 4:31). A misericórdia é tão importante no processo de salvação, que os remidos são chamados de “vasos de misericórdia”(Rom. 9:23).
Segunda, por causa do grande amor com que nos amou. O amor de Deus- abnegado por parte do doador, imerecido por parte de quem o recebe- é o motivo para dar “o Seu Filho unigênito”.
Nos deu vida- (Efés. 2:5)
Quando falou da graça, do amor e da misericórdia de Deus pelos pecadores, Paulo usou repetidamente superlativos como riqueza, rica, grande e excessiva. Esse uso mostra o valor supremo que esse antigo fariseu atribuía à salvação como dom de Deus, e não resultado de obras humanas.
Pela graça mediante a fé- (Efés. 2:8-9)
Estes dois versos resumem o coração do evangelho de Paulo. A sua tese é que a graça é a parte de Deus na salvação, a fé e a resposta humana, e toda a experiência da salvação que vem pela graça mediante fé é dom de Deus, não pelas obras. Neste verso, as palavras-chave são graça e fé. Como entender essas palavras?
Graça se refere à iniciativa de Deus e à base de nossa redenção do pecado. Como pecadores, merecemos a morte, e Deus oferece vida. Estamos separados dEle e uns dos outros, e Ele nos oferece reconciliação. Estamos sob a escravidão do pecado e destinados ao juízo, e Ele nos oferece liberdade. Não merecemos nada do que Ele oferece, porque pecamos e permanecemos em rebelião contra Deus (Col. 1:21). Conseqüentemente, a graça é com freqüência definida como favor não merecido de Deus por nós.
Graça é a iniciativa e atividade soberanas de Deus para a salvação dos pecadores. Essa graça apareceu na “plenitude dos tempos” (Gal. 4:4). Não temos parte nem na concepção nem na execução da salvação. É dom de Deus para aquele que crê em Jesus.
A fé é a resposta humana à provisão de Deus. Em sentido cristão, a fé não é uma virtude que desenvolvemos sozinhos. É a resposta de admiração ao que Deus fez para nos redimir do pecado, e pronta aceitação da operação de Deus em nossa vida. Fé salvadora é mudança de submissão- do eu para Deus, da negação ou indiferença às reivindicações de Deus à aceitação aberta. A fé abre o coração para a habitação de Cristo. Sendo assim, não pode se originar no coração carnal. A fé é a mão pela qual o coração se apodera das ofertas divinas de graça e misericórdia.
Somos feitura dEle –(Efés. 2:10)
Paulo destaca muito claramente em Efésios 2:8-9 que não somos salvos pelas obras. Então, imediatamente, no verso 10, ele diz que fomos não apenas “criados em Cristo Jesus para boas obras” mas que Deus “de antemão preparou” essas boas obras.
A história da salvação, como apresentada por Paulo, termina com a afirmação de que “somos feitura dEle”. Como cristãos individuais ou comunidade de fé, devemos a existência à graça de Deus. Somos obra das Suas mãos, Sua obra-prima, Sua obra de arte, criados em Cristo Jesus.
Isso não deve ser motivo de orgulho. Nossas obras, por melhores, maiores e mais duradouras que sejam, não nos podem salvar. Em sua humanidade, Cristo formou caráter perfeito, e oferece-nos esse caráter.
Os cristãos devem se guardar de duas falácias. Primeira, a idéia de que precisamos acrescentar algo de nós mesmos à graça de Deus. Segunda, a de que liberdade em Cristo nos livra da obediência às Suas reivindicações.
Somos novas criaturas em Cristo “para boas obras”. Isso significa que nossas obras são uma condição prévia para a salvação? Longe disso. Mas são o requisito de uma vida salva. O apelo de Paulo é para uma vida e um estilo de vida consistentes com as exigências da fé.




Reproduzido Por: Dc. Alair Alcântara



Liberdade



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