Air France recebeu mensagem automática que indicava problemas no voo 447 antes da entrada no espaço aéreo do Senegal
Forte turbulência, repentina despressurização, raio e até um improvável atentado terrorista a bordo. Ainda é amplo o leque de hipóteses para explicar o desaparecimento do Airbus A330 da Air France, domingo à noite, no Oceano Atlântico. As únicas informações seguras obtidas até agora pelas autoridades aeronáuticas do Brasil e da França partiram do sistema Eicas - dispositivo que transmite para a companhia dados sobre o funcionamento dos motores e dos principais equipamentos do avião - que comunicaram pane elétrica e despressurização.
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Antes de entrar no espaço aéreo do Senegal (África), a Air France diz ter recebido uma mensagem automática com três dados: despressurização da cabine; power off (indicativo das turbinas com potência mínima) e falha no sistema elétrico. Segundo especialistas, no entanto, essas informações não levarão a nenhuma conclusão. Só terão relevância após serem analisadas com vários outros dados. Isoladas, as mensagens de despressurização e redução da potência dos motores não são consideradas tão preocupantes.
A situação se torna crítica conforme surgem outras panes, principalmente no sistema elétrico do avião. Diferentemente dos aviões da família Boeing, mais “mecânicos”, os Airbus são construídos sobre uma plataforma altamente informatizada. E, para investigadores militares, é remota a hipótese de que uma forte turbulência ou um raio sejam os únicos responsáveis pela provável queda da aeronave. A fuselagem dos aviões é projetada para suportar intempéries até dez vezes mais severas do que as piores já registradas na história da aviação. As aeronaves têm uma eficiente blindagem elétrica. Uma turbulência, por mais forte que seja, também não seria suficiente para derrubar o avião.
Além do desaparecimento incomum, chama a atenção das autoridades o fato de que o sistema ELT, que emite sinais de emergência, não ter funcionado. Dentro das caixas-pretas, o ELT transmite sinais de socorro após a aeronave sofrer forte impacto. Em 2006, após se chocar com o jato Legacy, o ELT do Boeing 737 da Gol deixou de funcionar, porque o avião havia se desintegrado no ar, o que pode ter ocorrido com o A330 da Air France. O ELT pode estar em águas tão profundas que os sinais não conseguem atingir a superfície.
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