Internacional
Pelo menos 378 pessoas teriam morrido nas últimas 24 horas vítimas de bombardeios lançados pelo Exército do Sri Lanka, informou uma autoridade de saúde à BBC.
De acordo com o correspondente da BBC em Colombo Charles Haviland, a fonte afirmou que os mais de 300 corpos foram encaminhados ao hospital onde trabalha na zona de conflito, no norte do país.
Ainda segundo a mesma fonte, outras 1.122 pessoas teriam ficado feridas.
Os militares cingaleses negam que tenham bombardeado ou realizado ataques aéreos na "zona de segurança" e afirmam que os relatos são "propaganda" dos rebeldes do grupo separatista Tigres Tâmeis.
Os rebeldes e o Exército do Sri Lanka acusam-se mutuamente de atrocidades cometidas na guerra civil, que se agravou no mês passado.
As acusações são impossíveis de se verificar já que o acesso de repórteres independentes à zona de guerra é proibido.
Pagamento de resgate
O site pró-rebelde Tamilnet divulgou que os pesados bombardeios começaram na noite de sábado e se estenderam pelo domingo.
O site ainda diz que dois mil civis morreram, mas fontes ouvidas pela BBC não confirmaram o número.
O Exército nega os ataques contra civis. O porta-voz do ministério da Defesa cingalês, Keheliya Rambukwella, disse à BBC que muitos civis estariam sob poder dos rebeldes, que estariam exigindo pagamento de resgates para libertá-los.
Ainda segundo Rambukwella, nove civis teriam sido mortos após tentarem fugir.
As Nações Unidas estimam que cerca de 50 mil civis estejam sendo afetadas diretamente pelo conflito.
Os rebeldes lutam pela independência de um pequeno território habitado pela minoria tâmil desde 1983.
Os combates se intensificaram a partir de 2005, quando o presidente Mahinda Rajapaksa assumiu o poder descartando autonomia para os tâmeis no norte e no leste do país.
No início de 2008, o governo abandonou formalmente um cessar-fogo de seis anos, que havia sido mediado pela Noruega.
Fonte: BBC Brasil
http://midiacon.com.br/materia.asp?id_canal=16&id=17780
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