Deputado federal de 71 anos morreu na terça-feira; velório acontece a partir das 11h na Assembléia Legislativa paulista
O deputado federal Clodovil Hernandes (PR-SP) será enterrado no final da tarde desta quarta-feira (18) no Cemitério Morumbi, zona sul de São Paulo. O corpo do parlamentar será velado a partir das 11 horas na Assembleia Legislativa paulista. Ele será enterrado ao lado de sua mãe, Izabel Sanches Hernandes, no jazigo da família.
Clodovil morreu no fim da tarde de terça-feira, aos 71 anos, após sofrer uma parada cardíaca. A morte cerebral do parlamentar havia sido confirmada poucas horas antes, às 16h. Ele foi internado na segunda-feira (16) após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).
O parlamentar foi vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) na manhã desta segunda-feira (16). Desde então ele estava internado na UTI do Hospital Santa Lúcia, na capital federal. O deputado já havia sofrido um outro acidente desse tipo em 2007.
Internação
Desta vez, Clodovil foi encontrado inconsciente ao lado da cama no início da manhã por um de seus funcionários e socorrido por uma equipe do Departamento Médico da Câmara. Os médicos constataram que ele estava em coma profundo, de nível 5, numa escala de 3 a 15, em que os menores números indicam os piores quadros.
Os médicos não puderam nem submetê-lo a cirurgia devido à grande extensão do coágulo. Eles fizeram drenagem de sangue de seu cérebro por meio de um cateter.
Agravamento
Durante a tarde, o estado de saúde do deputado se complicou, em razão de uma parada cardíaca de cinco minutos. Os médicos alertaram que se sobrevivesse, ele poderia conviver com sequelas graves, como ficar sem andar ou falar.
Na manhã desta terça, o boletim apontava que Clodovil estava em coma profundo, de nível três, o mais grave. Uma série de exames foi realizada para checar se o deputado havia sofrido morte cerebral, mas os resultados não foram conclusivos. A confirmação veio no fim da tarde.
Perfil
Clodovil tornou-se figura conhecida em todo o país por envolver-se constantemente em polêmicas, em todas as atividades exercidas, sem medo de acumular desafetos com suas críticas ácidas.
Nascido em 17 de junho de 1937, na cidade de Elisário, interior de São Paulo, ele tornou-se estilista de grande expressão na década de 60. Seus modelos, disputados por socialites e celebridades, lhe renderam o prêmio Agulhas de Ouro, o mais cobiçado da moda brasileira. Entre Cacilda Becker, Elis Regina e as famílias Diniz e Matarazzo eram seus clientes.
TV
Clodovil conquistou espaço na televisão depois de participar do programa “8 ou 800”, em que respondia perguntas sobre Dona Beija, personagem histórica das Minas Gerais do século 19.
A partir daí, virou frequentador de programas e também apresentador. Passou por quase todas as emissoras brasileiras. A estréia foi na década de 80, no “TV Mulher”, da Rede Globo, em que dava dicas de moda e etiqueta – e sua mera aparição era capaz de dobrar a audiência do programa.
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