Foto: Thierry Charlier/AP
Thierry Charlier/AP
João Bernardo 'Nino' Vieira, em foto de 18 de maio de 2006 (Foto: Thierry Charlier/AP)
A normalidade voltou nesta terça-feira (3) e às ruas de Guiné-Bissau, após um dia de confusão e temor após os assassinatos do presidente do país africano, João Bernardo Vieira, e do chefe do Estado-Maior do Exército, general Tagmé Na Wai .
Apesar do vazio de poder deixado pelos assassinatos, "tudo funciona com normalidade hoje em Guiné-Bissau", disse à Agência Efe Alicia Fernández, da ONG espanhola Assembleia de Cooperação pela Paz, que mora no país africano.
"A noite foi muito tranqüila, já podemos sair na rua, o trânsito é normal e as lojas estão abertas", disse Fernández, ao descrever uma situação contrária à de ontem, quando quase não havia pedestres e veículos, e a circulação estava prejudicada por vários controles militares.
A situação de confusão em Guiné-Bissau está se dissipando gradualmente, depois que os chefes militares garantiram ontem a continuidade das instituições do país e que o governo anunciaou a criação de uma comissão de investigação para determinar os culpados pela morte dos dois dirigentes guineenses.
Segundo Fernández, "ontem a situação era desconcertante e confusa, mas não havia medo de que os soldados fossem tomar a cidade".
Apesar de tudo, após o assassinato do general Na Wai no domingo à noite, várias embaixadas, inclusive a brasileira , recomendaram a seus cidadãos que permanecessem em casa, por temor a situações violentas, como os tiroteios que ocorreram durante a noite de domingo para segunda-feira.
Em reunião com o primeiro-ministro do país, Carlos Gomes Júnior, os chefes do Exército, da Marinha e da Força Aérea garantiram que o ocorrido não foi um golpe de Estado.
Vieira foi assassinado ontem por um grupo de militares que atacou sua residência poucas horas após um atentado com bomba que causou a morte de Na Wai. O Governo decretou um luto nacional de sete dias em honra ao líder, que ocupou durante quase 23 anos a Presidência da República.
Saiba mais sobre o presidente assassinado
O presidente da Assembleia Nacional Popular (Parlamento), Raimundo Pereira, segundo a Constituição, assumirá a Chefia do Estado, e devem ser convocadas eleições presidenciais em dois meses.
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