Com exceção do perfil do apresentador, pouca coisa mudou na 81ª edição do Oscar, cuja cerimônia será realizada neste domingo em Los Angeles, a partir das 22h (horário de Brasília). Em lugar de comediantes como Billy Crystal e Steve Martin, a festa da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas será ancorada pelo galã australiano Hugh Jackman.
De resto, a fórmula da principal premiação do cinemão não apresenta surpresas, inclusive entre os candidatos a uma estatueta (veja lista principal na página 6). Dentre as fórmulas de sempre entre os indicados na principal categoria, estão a saga romântica (O Curioso Caso de Benjamin Button), o filme político (Frost/Nixon), o drama de tema polêmico e inspirado em fatos reais (Milk - A Voz da Igualdade) e o título tido como independente (Quem Quer Ser um Milionário?). Completa a lista, o drama O Leitor.
No país, outra tradição quebrada foi a transmissão na TV aberta. A Globo, que detém os direitos de exibição, preferiu priorizar o Carnaval este ano e transmitirá apenas flashes entre os desfiles das escolas de samba do Rio. O único canal - pago - a transmitir na íntegra será o TNT. A partir das 21h, começa o aquecimento com o crítico Rubens Ewald Filho.
Baseado em conto de F. Scott Fitzgerald, a incrível história do homem que nasceu idoso e rejuvenesceu ao longo dos anos lidera a noite, com 12 indicações, dentre as quais melhor ator (Brad Pitt), atriz coadjuvante (Taraji P. Henson ), direção (David Fincher) e roteiro adaptado (Eric Roth e Robin Swicord). Na bolsa de apostas, é também forte candidato, uma espécie de Forrest Gump - O Contador de Histórias (1994).
Milk, dirigido por Gus Van Sant, tem oito indicações e conta com a sempre magnética colaboração de Sean Penn, igualmente bem cotado por sua atuação como o ativista gay Harvey Milk (1930-1978).
Único título ainda inédito no Brasil, Frost/Nixon, que dividia o favoritismo com O Curioso Caso de Benjamin Button no Globo de Ouro, tem agora cinco chances. O longa-metragem remonta a entrevista que Richard Nixon deu ao jornalista inglês David Frost logo após o escândalo do Watergate e a consequente renúncia à presidência.
O Leitor, dirigido pelo britânico Stephen Daldry (Billy Eliott e As Horas) é ambientado na Alemanha durante os anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial e deve finalmente fazer justiça a Kate Winslet depois de diversas indicações - e nenhuma estatueta. Daldry, assim como os diretores dos outros quatro indicados a melhor filme, é também candidato ao prêmio de melhor direção.
Forte candidato - Quem Quer Ser um Milionário? é este ano o que Pequena Miss Sunshine e Juno foram em 2007 e 2008, respectivamente: o alternativo. Ao contrário dos antecessores, porém, tem mais chances de se consagrar entre o júri da Academia, haja vista a campanha até agora: com vitórias nas categorias principais do Globo de Ouro e do Bafta, desbancando os favoritos. O longa ambientado na Índia é o segundo colocado em indicações, com dez chances.
O diretor, o britânico Danny Boyle (Trainspotting), também conquistou os prêmios em sua categoria e lidera a bolsa de apostas ao Oscar de direção.
http://cultura.dgabc.com.br/default.asp?pt=secao&pg=detalhe&c=4&id=5729513&titulo=Oscar+confronta+Hollywood+com+independente
Nenhum comentário:
Postar um comentário