Brasil
Órgão decidiu, nesta segunda, que o crescimento patrimonial acelerado do ministro não justifica a abertura de sindicância. Oposição quer depoimento
Gabriel Castro
O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci: enriquecimento suspeito (Fábio Rodrigues Pozzebom/Abr)
A Comissão de Ética Pública da Presidência não vai investigar a acusação de que o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, multiplicou seu patrimônio de forma suspeita nos últimos anos. Em reunião na manhã desta segunda, o grupo avaliou que o caso não merece uma sindicância.
O ministro, que recebeu cerca de 1 milhão de reais em salários nos últimos quatro anos, enquanto esteve na Câmara dos Deputados, adquiriu no período dois apartamentos que, juntos, somam 7,4 milhões de reais. Em 2006, o então candidato a deputado declarou à Justiça Eleitoral que seus bens somavam 375 mil reais. O aumento foi de aproximadamente 20 vezes.
Os imóveis teriam sido comprados pela empresa Projeto, de propriedade de Palocci. A companhia, que inicialmente se dedicava a consultorias, mudou de ramo e, pelo menos oficialmente, atua na venda de imóveis.
O crescimento suspeito do patrimônio de Palocci foi revelado pelo jornal Folha de S. Pauloneste domingo.
O líder do DEM na Câmara, ACM Neto, afirmou neste fim de semana que vai pedir que Palocci seja convocado para explicar o crescimento patrimonial à casa.
Postado Por Dc. Alair Alcântara
Liberdade
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