Pesquisa personalizada
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Dinheiro, pra que dinheiro...
Estamos cunstruindo esta grande Obra como um marco da Geração do 1º Centenário, na História da Igreja Mãe das Assembleias de Deus no Brasil e no mundo. (Costa)
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
Conceitos errados ou má compreensão sobre alguma ideia ou assunto determinarão impreterivelmente comportamentos errados sobre aquela área da vida. Isso é igualmente verdade em relação ao dinheiro. Assim, uma maneira de pensar sobre o dinheiro que causa sempre grandes problemas para muitas pessoas é que, embora não possam viver sem ele, o dinheiro é a raiz dos males do mundo.
Um dos maiores erros sobre o dinheiro vem da má interpretação das palavras de Paulo: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (1 Tm 6.10). Assim, muitas pessoas acham que o dinheiro é mau. Mas o dinheiro não é mau nem bom em si mesmo.
O que o texto diz é que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”. No mesmo texto, antes disto, Paulo denuncia o comportamento das pessoas que querem ficar ricas e supervalorizam o dinheiro a ponto de amá-lo como a principal coisa de suas vidas.
Salomão também é categórico quando insinua que o amor ao dinheiro é uma “prisão” que gera a obsessão de querer sempre mais: “Quem ama o dinheiro, jamais dele se farta” (Ec 5.10).
O entendimento errado dessa verdade advém do fato de que as pessoas não leem o que a Bíblia diz, mas o que querem que a Bíblia diga. Muitos crentes fiéis, direitos e santos, pensam com sinceridade que Deus não quer que eles tenham dinheiro ou bens. Mas isso é um erro. Deus não somente quer que tenhamos dinheiro, mas que o tenhamos mais do que o suficiente para suprir as nossas necessidades, e ainda mais: que sobre para investir no seu Reino e ajudar aos pobres.
Quando Salomão afirma que “por tudo o dinheiro responde” (Ec 10.19), ele está fazendo uma clara alusão de que o dinheiro tem a habilidade de responder por boas coisas e por coisas más. Depende de quem o usa e com que propósito. Seu dinheiro é benéfico, se você o usa para o bem. A única maneira de o dinheiro ser maléfico é colocá-lo sob o controle de uma pessoa cuja índole seja má.
O dinheiro não é mau nem bom em si mesmo, mas tem o poder de manifestar ao mundo o que alguém trás escondido em seu coração. “Porque onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mt 6.21).
Nisso ele pode ser maléfico ou benéfico. Um bobalhão sem dinheiro, se ganhar dinheiro, será um bobalhão com dinheiro. Um infiel sem dinheiro será um infiel com dinheiro. O dinheiro, por si só, não muda isso. A nossa atitude em relação ao dinheiro é que vai determinar a sua capacidade de dano ou bênção nas nossas vidas.
Então, por que o dinheiro pode causar danos? Porque há uma entidade espiritual maligna por trás do dinheiro chamada Mamom. Por isso ele pode causar muitos danos a quem o ama. Essa ação maligna subjacente ao dinheiro foi denunciada por Jesus. Para Jesus, estar a serviço da riqueza pela riqueza seria o mesmo que assumir idolatricamente a malignidade por trás do dinheiro e se colocar contra Deus. Assim, Jesus afirmou: “Não podereis servir a Deus e a Mamom” (Lc 16.13).
A estratégia divina para vencer o poder maléfico do dinheiro não é fuga ou renúncia dele; antes, é fazer do dinheiro uma fonte de bênção, ou seja, ser generoso em doá-lo. Reter dinheiro é estar sob sua influência direta, é estar sob o domínio de Mamom. Mas quando o usamos também para ajudar a obra de Deus e para abençoar os pobres, a força de Mamom se esvai e nos habilitamos a ser abençoados mais ainda.
Uma velha máxima sobre o dinheiro estatui: “O dinheiro dá a cama, mas não o sono; a comida, mas não o apetite; o livro, mas não o conhecimento; uma casa, mas não um lar; uma posição, mas não o respeito; as pessoas, mas não amigos; o remédio, mas não a saúde; a diversão, mas não a felicidade; a cruz, mas não a fé; um lugar no templo, mas não no céu”.
Paulo aconselha aos que possuem dinheiro e bens: “Não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento” (1 Tm 6.17).
O ponto central na questão em relação ao dinheiro, entretanto, não é basicamente se o temos muito ou não, se ele é bom ou mau; mas na nossa atitude, o que fazemos com ele para benefício próprio, para ajudarmos aos outros e para o engrandecimento do Reino de Deus.
Postado Por Dc. Alair Alcântara
Liberdade
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário