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segunda-feira, 1 de março de 2010

Estudo III - O QUE DEUS FEZ



“Na qual temos a redenção, pelo Seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça”. (Efés. 1:7)
No grego original, Efésios 1:3-14 é uma longa sentença pela qual o apóstolo introduz aspectos importantes da teologia cristã, inclusive a idéia de que a Divindade estava envolvida na formação da família de Deus na terra, a igreja.
Os escolhidos
“Assim como nos escolheu nEle antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele; e em amor”. (Efés. 1:4)
Paulo situa a origem da Igreja na mente de Deus (Efés. 1:4-5). O divino plano de redenção e Seu plano para os redimidos não são acidentais. Foram concebidos antes da criação, antes de o tempo começar. Deus formou um propósito em Sua mente: escolher-nos em Cristo. Mesmo antes de existirmos, Deus nos viu em relação com Cristo e, por causa disso, Ele nos fez Seus filhos. Conseqüentemente, não somos salvos por qualquer coisa que somos ou fazemos. Não influenciamos Deus; não podemos abrir caminho a Deus. De fato, quando ainda não existíamos, Ele já tencionava nossa salvação, de forma que, quando passamos a existir, tudo o que precisamos fazer é aceitar o que Cristo oferece.
Leia os textos que falam sobre predestinação: 1 Cor. 2:7; Efés. 3:11; 1 Ped. 1:20; Apoc. 13:8.
Muitos ficam confusos com o pensamento de que Deus nos escolheu antecipadamente para sermos salvos, porque pode dar a idéia de que alguns foram escolhidos para se perderem. Mas, Deus preparou antecipadamente o plano da salvação, de acordo com Seu propósito eterno, para que todos fossem salvos (1 Tim. 2:6; 2 Ped. 3:9). O plano da salvação em si, que inclui todo ser humano, foi determinado antes da criação do mundo; o que não foi determinado antecipadamente foi a nossa resposta individual àquele plano. Dizer que Deus sabe com antecedência qual será o nosso destino eterno não é o mesmo que dizer que Ele predestinou esse destino.
Louvor a Deus por nos adotar- (Efés. 1:4-6).
Ser escolhido em Cristo não indica qualquer escolha arbitrária da parte de Deus. É um reconhecimento da provisão divina de salvação ao mundo inteiro, mas que a tornou efetiva só para os que a reivindicaram para si.
Paulo acrescenta mais um pensamento: os que aceitam a provisão redentiva de Deus em Jesus são predestinados “para Ele, para a adoção de filhos” (Efés. 1:5). Novamente, não é Deus que escolheu alguns e rejeitou outros; ao contrário, aqueles que aceitaram o que Cristo fez por eles simplesmente cumpriram o que estava planejado originalmente para eles desde o princípio.
A igreja de Deus é composta de filhos adotados. Os filhos naturais são órfãos e pródigos - estão fora da família de Deus por causa do seu pecado e por sua escolha de estarem em rebelião contra Deus. Mas quando aceitam a provisão de Deus, eles são adotados na Sua família. A relação agora passa a ser de família, fundada em amor.
Redenção em Cristo
De acordo com Efésios 1:7-8, porque meio temos a redenção?
Pode haver salvação sem sangue? (Heb. 9:22).
Redenção significa libertação de um escravo mediante pagamento. Nas Escrituras, redenção significa provisão de Deus em Cristo para nos salvar da escravidão do pecado.
O perdão do pecado é gratuito. Realmente, não podemos pagar por ele. Mas, da parte de Deus custou muito: o sangue de Jesus. O pecado, por sua própria natureza, produz morte. Onde o pecador devia morrer, foi necessária a morte substituinte. No sistema do Santuário do Antigo Testamento, Deus provia o perdão mediante o derramamento do sangue de animais. Todo o sistema sacrifical antecipava o dia em que Cristo “o Cordeiro de Deus”, levaria os pecados do mundo (João 1:29).
“Graça é favor imerecido, e o crente é justificado sem qualquer mérito próprio, sem nenhum direito a alegar a Deus. É ele justificado pela redenção que há em Cristo Jesus, que está nas cortes do Céu como substituto e penhor do pecador” (Mensagens Escolhidas, vol.1, pg.398)
Para que propósito Deus nos predestinou? (Efés. 1:9-12).
O povo de Deus tem motivos pelos quais louva-Lo: eleição, adoção, redenção, perdão e aceitação.
Paulo identifica o mistério da vontade de Deus como Seu plano de trazer à comunhão tanto judeus como gentios; isto é, criar uma comunidade sem divisões, uma igreja sem paredes. Mas existe outra dimensão para esse mistério. O que Cristo realizou por meio da cruz trazendo judeus e gentios a um só corpo é apenas o prelúdio do que Deus “propusera em Cristo, de fazer convergir nEle, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as no Céu, como as da Terra”. (Efés. 1:9-10) O mistério da vontade de Deus é Seu plano de restaurar a unidade de “todas as coisas”, quando chegar a ocasião, restauração a ser realizada por intermédio de Cristo.
Judeus e Gentios
Em Efésios 1:11-13, Paulo apresenta um exemplo da nova unidade que Cristo traz entre judeus e gentios.
Em que sentido os judeus foram os primeiros? O Evangelho primeiro foi pregado a eles (Rom. 1:16) e, conseqüentemente, os primeiros a crer no evangelho (João 1:11; João 8:31; Atos 1:8;Atos 3:26).
No Reino de Deus, o fato de conhecer pessoalmente a Cristo ou ter ido a Cristo em primeiro lugar não traz qualquer condição especial. O que se discute não é quando aceitamos o evangelho mas, se permanecemos fiéis às suas reivindicações. Paulo reforça a certeza da nossa herança referindo-se à obra do Espírito Santo, a quem ele dá três qualificativos. Primeiro, Ele é o Espírito da Promessa. Deus prometeu o Espírito por meio de Jesus a todos os que se arrependem e crëem (Luc. 24:49; Gal. 3:14-16).
Segundo, o Espírito é o selo de Deus. O selo é um sinal de propriedade e autenticidade. Deus faz que o Espírito habite dentro de nós como sinal de que somos Seus (Rom. 8:14-17; 2 Cor. 1:22).
Terceiro, o Espírito é a garantia de Deus. A palavra garantia também é traduzida como “depósito”ou “penhor”. Pelo Espírito, Deus fez uma garantia, um penhor, de que cumprirá todas as Suas promessas tanto para o judeu como para os gentios “em louvor da Sua glória”(Efés. 1:14).
Antes de existirmos, Deus já nos conhecia e nos amava. Ele estabeleceu um plano que nos habilitaria a conhece-Lo e amá-Lo em retorno. Vemos esse plano cumprir-se no ministério de Cristo e Seu sacrifício por nós na cruz. O plano de Deus é resultado lógico de Sua natureza e bondade. Como cristãos, cabe-nos comunicar o conhecimento do caráter de Deus ao mundo que não O conhece.




Reproduzido Por: Dc. Alair Alcântara




Liberdade



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