Manifestantes invadem Câmara e exigem saída de Arruda

Foto: Celso Junior/AE Manifestantes com um caixão quebram porta de vidro e invadem Câmara do Distrito Federal

Da Redação, com agências

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Cerca de 500 manifestantes invadiram a força o prédio da Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta quarta-feira. Eles exigem a renúncia do governador José Roberto Arruda e do vice, Paulo Octávio, estão reunidos no plenário da Casa e afirmam que só se retiram do local quando sua reivindicação for atendida.

Arruda e Octávio, ambos do DEM, são acusados de comandar um esquema de corrupção em que estariam envolvidos também deputados distritais, secretários do governo e empresários.

Os 150 manifestantes que chegaram primeiro à Câmara quebraram a porta principal (de vidro) e a porta do plenário (de madeira). Os dois seguranças não resistiram. Com o passar do tempo, o número de invasores aumentou. Entre eles há sindicalistas de várias categorias, estudantes e militantes de partidos como o PSOL.

Os manifestantes entraram carregando um caixão que simboliza o enterro do governador Arruda. Dentro do caixão, há um homem com uma faixa em que está escrita a palavra "governador". Eles usam megafones e gritam "Arruda na Papuda" - uma referência ao Presídio da Papuda.

Pressão

Gritam também "Pê Ó no xilindró", em referência a Paulo Octávio. Eles afirmam que ficarão acampados no plenário da Câmara como fizeram na Universidade de Brasília (UnB) os estudantes que foram pressionar o então reitor, Timothy Mullholand, acusado de corrupção, a renunciar ao cargo.

Além do caixão, os manifestantes depositaram no plenário uma caixa de madeira que dizem ser uma "caixa de Pandora" (nome da Operação da Polícia Federal que investiga o esquema de corrupção). Na caixa, está escrito "DEM" e uma tradução: "Dinheiro escondido na meia".

A deputada Érika Kokay (PT) tentou conversar com os manifestantes, mas sem sucesso. O presidente da Casa, deputado Cabo Patrício (PT), negocia com um grupo que representa os manifestantes. O parlamentar tenta convencê-los a deixar o plenário da Câmara Distrital.

A ideia do presidente era retomar na tarde desta quarta-feira os trabalhos em plenário, paralisados desde a semana passada.






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