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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Mantega diz que governo vai acabar com redução de IPI, mas manterá juros baixos

Economia


Mantega diz que governo vai acabar com redução de IPI, mas manterá juros baixos

“É claro que continuaremos com juros baixos, aumentando o crédito e estimulando investimentos". (Foto divulgação) Clique para ampliar a imagem

São Paulo - Em entrevista coletiva concedida no final da manhã de hoje (11), em São Paulo, o ministro da Fazenda Guido Mantega descartou que o governo vá manter a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) concedido a automóveis, construção civil e produtos de linha branca (eletrodomésticos).

Segundo Mantega, as medidas tomadas pelo governo para incentivar o consumo devem ser revogadas até o final deste ano, conforme já era previsto.

“As políticas de incentivo que foram feitas para estimular o investimento serão todas mantidas. As desonerações, que foram feitas para exportações, por exemplo, serão mantidas. As demais são datadas e nós vamos manter as datas que estão estabelecidas”, afirmou o ministro.

Segundo ele, os estímulos monetários, por sua vez, vão continuar. Ele citou como exemplos a redução das taxas de juros do Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES).

“É claro que continuaremos com juros baixos, aumentando o crédito e estimulando investimentos com taxas bastante baixas e condições favoráveis”, disse.

Mantega afirmou que o goveerno tem gasto, este ano, entre 1% e 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB, que é a soma das riquezas de um país) como esforço fiscal, entre ações de renúncia fiscal e aumento de gastos. Entre eles, além da redução do IPI, também estariam os investimentos previstos no programa Minha Casa, Minha Vida, que deverá receber cerca de R$ 6 bilhões do governo até o final do ano.

“Eram necessários fazer esses investimentos e esses gastos. Os resultados estão aí. Estamos colhendo os frutos desses resultados”, afirmou.

Segundo o ministro, estes gastos do governo são menores que os de muitos outros países, tais como a China (13% de gastos do governo com o PIB) e os Estados Unidos (6,7%). “Os outros governos estão gastando muito mais do que estamos gastando para a recuperação das economias, sendo que o nosso resultado é melhor porque estamos gastando menos e tendo uma recuperação mais rápida”.

Mantega elogiou o crescimento anunciado de 1,9 % do PIB em relação ao trimestre anterior. Segundo ele, a previsão é de que a economia brasileira cresça 1% ao fim de 2009. Para Mantega, já no terceiro trimestre, a expansão deverá ficar entre 2% e 3%, em comparação ao segundo trimestre, puxada, principalmente, pela recuperação da indústria.


Fonte: Elaine Patricia Cruz - Agência Brasil










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