A publicação da Lição da Escola Bíblica Dominical neste Site, vem de Deus. Ele pôs em minha mente o propósito de fazer a divulgação do alimento espiritual que recebemos em nossas Igrejas, e, para que semanalmente nossos irmãos que encontram-se espalhados pelo mundo a fora, cumprindo a missão também recebida de Deus; na divulgação do Evangelho, por lugares desfavorecidos do acesso a este conteúdo diretamente da Revista, possam igualmente compartilhar deste pão com os filhos de Deus sob suas orientações, do mesmo ensino da Palavra de Deus, publicado na Revista; Lições Bíblicas da Escola Dominical veiculada através deste Site.
Tenho a certeza de que estou cumprindo como servo do Senhor meu Deus, mais uma vez, o dever de servo, junto a evangelização internacional, nacional e Igrejas que não desfrutam de acesso favorável para conseguir a revista.
Em virtude da cobertura do Blog ser a nível internacional, utilizamo-lo como o veículo adequado para o cumprimento dessa tarefa de levar esta Mensagem a todos os continentes de nosso mais belo planeta.
À Missão Nacional, Internacional e Igrejas.
LIÇÃO 01
05 de Julho de 2009
TEMA - A PRIMEIRA CARTA DE JOÃO
TEXTO ÁUREO "Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça" (2 Tm 3.16).
VERDADE PRÁTICA: Esta carta divinamente inspirada, é aplicável a todo leitor que deseja ter sua vida no centro da vontade de Deus.
Hinos Sugeridos: 154, 442, 547.
Leitura Bíblica: 1 João 1. 1- 4
1 - O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida.
2 - (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada);
3 - O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo.
4 - Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra.
INTRODUÇÃO
Quando aceitamos a Cristo como nosso Salvador, nos tornamos filhos de Deus e passamos a usufruir a vida eterna pela graça dEle Jo 5.24). Todos os que têm essa confiança, reconhecem a Jesus como seu Senhor e Salvador, amam a Deus, obedecem aos seus mandamentos e não vivem a pecar de forma consciente e voluntária (GI 2.20). Estas são algumas das facetas da vida cristã, abordadas na primeira carta de João (1 Jo 5.13). Todo cristão, ao ler esta carta, se sente amado por Deus e seguro pela obra da eterna redenção consumada por Jesus Cristo (2 Co 5.17).
I. ENTENDENDO A CARTA DE O APÓSTOLO
Diferente das epístolas escritas pelo apóstolo Paulo, a primeira carta de João não começa nem termina com saudações. Ela também se distingue pelo conteúdo, enriquecido pelas experiências espirituais do autor (l Jo 1.1-4). Não poderia ser diferente, uma vez que foram três anos de ininterrupta convivência e aprendizagem ministerial com o Mestre. Isto a torna um dos livros da Bíblia mais instrutivos e edificantes para o cristão.
II. CONHECENDO O AUTOR DA CARTA
João, filho de Zebedeu. É o mesmo que escreveu o Evangelho que leva o seu nome Jo 20.20; comparar 1 Jo 1.1; 5.7 com Jo 1.1), a epístola que vamos estudar neste trimestre e o livro de Apocalipse. Dentre os discípulos de Jesus, foi o mais íntimo Jo 20.2; 21 .20). Algumas peculiaridades comprovam este fato: a) João compartilhou dos momentos mais difíceis de Jesus (Mc 14.33,34); b) Foi o único dos discípulos que permaneceu, até ao fim, ao pé da cruz Jo 19.25,26); c) Três dias após o sepultamento do Mestre ele foi ao sepulcro em busca do corpo do seu amigo Jesus, que já não estava lá (20.2). Por tudo isso, mais tarde, entende-se porque Paulo o considera como uma das colunas da igreja (GI 2.9).
1. Um autor com uma característica singular. João consegue demonstrar em suas cartas que foi transformado pelo amor de Deus, o Pai Jo 3.16), e de seu Filho, Jesus Cristo Jo 15.13). O apóstolo reconhece no amor do Eterno pela humanidade a essência da vida cristã e do autêntico cristianismo. É isso que se espera ver no comportamento de todos os que foram alcançados pelo evangelho de Cristo Jesus (2 Jo 5,6).
A verdade de Deus deve ser dita sem rodeios, entretanto, é preciso fazê-lo com amor (Ef 4.1 5). Esta é outra característica singular de João, ele apresenta verdades incontestáveis e doutrinárias, mas sempre dosadas com amor. Motivado por este atributo de Deus, João mostra o resultado dos que desobedecem às Santas Escrituras (l Jo 1.10; 2.11,28; 3.14b; 4.8). Elas são como uma lâmpada através da qual o cristão enxerga e entende para onde está caminhando (SI 119.105). Contudo, não basta ler e entender a Bíblia Sagrada, é necessário ser membro do Corpo de Cristo, a sua Igreja (Mt 16.18), e submeter-se ao seu pastor local para cuidar do seu crescimento e aperfeiçoamento espirituais (Ef 4.11-13).
III. O PROPÓSITO DA CARTA DE JOÃO
Os escritos de João têm como propósito apresentar o Senhor Jesus Cristo como a manifestação do amor de Deus. Outro objetivo é fazer os irmãos saberem, com certeza, que os que crêem no nome do Filho de , Deus, têm a vida eterna (1 Jo 5.13; Jo 1.12). Naqueles dias surgiram na grande cidade de Éfeso e região, área sobre a qual o apóstolo exercia seu ministério pastoral, muitos enganadores que, através de falsas doutrinas, intentavam induzir os crentes ao erro, razão pela qual João' escreveu as três cartas (l Jo 2.19,26; 3.2; 2 Jo v. 7). Surgiram "anticristos" (l Jo 2.18), mentirosos (2.22), e falsos profetas (4.1), contudo, João expôs a hipocrisia de todos esses. e confirmou a fé dos autênticos crentes".
1. Erro concernente a Cristo. João acusa os hereges de afirmarem "ter" o Pai, mas negar o Filho (2.22-24). Eles ensinavam que Jesus era,," apenas um homem, filho natural de' José e Maria. Em outras palavras, eles não criam em Cristo como Deus encarnado. Não reconhecer a encarnação de Cristo é negar as profecias do Antigo Testamento e a mensagem do seu cumprimento em o Novo (Is 7.14; 9.6; Jo 1.1,14). Ao dizer que Jesus é o Cristo prometido, João está afirmando que Ele é o Deus encarnado cujo sacrifício resgatou-nos da maldição do pecado. Não considerar esse fato é negar a expiação por Cristo, o Filho de Deus, (ls 53.4-10; Jo 4.25,26; 6.69; Mc 15.39). Inclusive, o apóstolo afirmou que a negação deste fato era uma das formas de identificar os "falsos espíritos" (l Jo 4.3).
2. Auto-engano moral. Os princípios de comportamento e doutrina desses hereges eram totalmente enganosos, pois ensinavam que o corpo é apenas o invólucro do espírito, de maneira que seu comportamento não compromete o aspecto espiritual, ou seja, nada do que a pessoa faz através do corpo pode prejudicar o espírito. O apóstolo previne os cristãos contra este erro e ensina que quem comete pecado é do Diabo, porque o Adversário peca desde o princípio. Entretanto, ele também ensina que o Filho de Deus se manifestou para desfazer as obras do Diabo (3.8,9).
Ainda hoje há pessoas que se enganam com a falsa premissa de que Deus quer apenas o coração. Não só o apóstolo João, mas Paulo também lutou contra uma falsa doutrina semelhante. Ele nos adverte: o corpo é o templo do Espírito (1 Co 6.19; cf 1 Co 3.16), e seremos julgados por tudo o que fizermos por meio do corpo, bem ou mal (2 Co 5.10). A Bíblia adverte ainda que, para a vinda do Senhor, devemos manter irrepreensíveis espírito, alma e corpo (l Ts 5.23).
Jesus com ênfase alertou uma mulher pecadora trazida à sua presença e um paralítico curado sobre "não pecar mais" Jo 8.11; 5.14), demonstrando-nos que espera um santo viver de quem o aceita como Salvador. O apóstolo João destaca muito bem no capítulo 1, versículos 7 a 10 de sua primeira epístola, a correta atitude do crente em relação ao pecado. O crente não é impecável, mas ele pode triunfar e vencer o pecado, por Nosso Senhor Jesus Cristo (1 Jo 1.7,9; Rm 8.2; 6.12-14). "Meus filhinhos estas coisas vos escrevo, para que não pequeis: e se alguém pecar, temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo" (l Jo 2.1).
3. A auto-exaltação espiritual. Esses heréticos a que se refere João se apresentavam como os homens mais entendidos nos mistérios de Deus e tentavam desviar os irmãos efésios das verdades divinas, com falsas revelações extraordinárias e anti-bíblicas (4.1-3). Como ocorreu no passado, nos dias atuais o espírito maligno do engano continua agindo através dos que se auto-intitulam concessionários de novas verdades doutrinárias, como se a Bíblia não contivesse tudo que o homem necessita para obter a sua salvação e viver uma vida plena em Cristo Jesus (Rm 5.20). Nestes seus últimos dias na terra, a Igreja deve estar atenta a esta investida satânica de falsas doutrinas (1 Tm 4.1,2; 2 Co 11.13-15; 2 Tm 3.1-5). Ela deve andar embasada somente na verdade que é a Palavra de Deus - as Sagradas Escrituras.
CONCLUSÃO
A visão panorâmica da presente lição realça a importância desta carta do apóstolo João que, como toda a Bíblia, é sempre atual. Ela vem ao encontro das necessidades da Igreja de todas as épocas, principalmente a do presente momento, que vem sendo atacada pela oferta de coisas terrenas, cujos valores são ilusórios e passageiros se comparados às riquezas espirituais e eternas que já temos recebido de Deus por meio de seu Filho. Cada cristão deve, além de estar em contato permanente com a Palavra de Deus - condição básica para manter-se fiel até a volta de Cristo -, permanecer na luz e cultivar o seu amor pelos irmãos.
Revista Trimestral; Lições Bíblicas, Comentarista: ELIEZER DE LIRA E SILVA, 3º Trimestre, Editora CPAD Rio de Janeiro – RJ - 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário