WASHINGTON, EUA (AFP) — A conjuntura econômica nos Estados Unidos mostra-se "medíocre" ou "piora", segundo as regiões, desde meados de abril até o final de maio, segundo o Livro Bege publicado nesta quarta-feira pelo Federal Reserve.
De acordo com o banco central americano, os relatórios de suas 12 regiões "indicam que as condições econômicas permaneceram frágeis ou se deterioraram mais nesse periodo".
Em comparação ao do Livro Bege divulgado em abril, o Fed anunciou que "cinco regiões com tendência à queda mostram sinais de moderação".
O relatório, que será utilizado na próxima reunião sobre política monetária do Fed de entre 23 e 24 de junho, sugere que o banco central manterá sua política agressiva para tirar a economia da recessão, com taxas de juros muito baixas e uma grande quantidade de liquidez bombeada para o sistema financeiro.
A economia dos Estados Unidos encolheu a um ritmo de 5,7% no primeiro trimestre, de acordo com a última estimativa oficial, depois de uma queda brusca de 6,3% no último trimestre de 2008.
O consumo, motor da economia americana, "permaneceu fraco", segundo o informe, lembrando que "os consumidores se concentraram na satisfação de necessidades básicas, afastando-se da aquisição de bens de luxo".
"A compra de automóveis novos permanece deprimida, com várias regiões indicando que as duras condições de crédito afetavam as vendas".
Além disso, algumas regiões informam sobre "uma tendência ascendente na venda de imóveis, indicando que a construção civil parece ter-se estabilizado em níveis muito baixos".
Já o déficit orçamentário dos Estados Unidos aumentou em maio, superando as expectativas, situando-se em 189,7 bilhões de dólares, levando o déficit acumulado das finanças federais desde o início do ano fiscal, em outubro, ao montante recorde de 991,9 bilhões de dólares, anunciou o Tesouro, nesta quarta-feira.
Desde o começo do atual exercício, 2008-2009, o orçamento registra somente déficits, um fato excepcional. O acumulado dos oito primeros meses do período é mais de três vezes superior ao déficit total de 2007-2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário