Bombeiros retomam buscas por desaparecidos em naufrágio no rio Amazonas
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MANAUS – Duas equipes de mergulhadores do Corpo de Bombeiros retomaram na manhã de hoje (6), as buscas pelas seis pessoas desaparecidas em conseqüência do naufrágio do barco ‘Dona Zilda’, que afundou no rio Amazonas, por volta das 3h de ontem (5), na comunidade Costa do Catana, a 20 minutos do município de Itacoatiara.
De acordo com o tenente do Corpo de Bombeiros Alecsandro Leal, que comanda as ações no local, a Marinha do Brasil também vai auxiliar nas buscas dos desaparecidos e também do barco, que até o final da noite de ontem não foi encontrado. Os 41 sobreviventes resgatados foram encaminhados para a Agência Fluvial de Itacoatiara (a 176 quilômetros a leste de Manaus).
Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros
- Além do navio e do helicóptero que foram usados hoje (ontem), a Marinha também vai utilizar um sonar para localizar a embarcação - disse o tenente Leal. Segundo ele, a forte correnteza e as águas barrentas do rio Amazonas dificultam as buscas.
A Marinha do Brasil informou que o comandante do barco naufragado, identificado por sobreviventes apenas como ‘Keli’, não possuía lista oficial de passageiros, mas de acordo com levantamento feito junto aos sobreviventes e o dono da embarcação, Raimundo Nonato da Costa Azevedo, estavam a bordo 47 pessoas, sendo 43 passageiros e quatro tripulantes.
As pessoas desaparecidas são: Luiza Rodrigues Nunes, de 76 anos, Idelvane Seixas Nunes, 22 anos, e sua filha de apenas um mês, Tacila Correa, de 72 anos, Arlete dos Santos, de 59 anos e outra menina, de 4 meses.
Acidente
De acordo com relatos de sobreviventes, o barco bateu de frente em um barranco, na margem direita do rio Amazonas, tombou e afundou rapidamente. A Marinha confirmou a informação de que o barco se chocou contra um barranco.
- Só ouvimos um estrondo muito grande. Não deu tempo de nada, só nos jogamos na água e nadamos em busca de alguma coisa para se apoiar, foi quando achamos um saco de laranjas - relatou a agricultora Maria Isaura Borges da Silva, 74 anos, que viajava na companhia do marido, o também agricultor Raimundo Marques de Souza, 68 anos.
O comandante do navio da Marinha Oswaldo Cruz, Luís Flammarion, que está no local para ajudar nas buscas e iniciar as investigações, informou que o inquérito para apurar as causas do naufrágio já foi aberto, e deverá contar com a reconstituição do acidente. O prazo inicial para a conclusão do inquérito é de 90 dias, mas pode ser prorrogado por até 1 ano.
Fonte: Raphael Cortezão - Especial para o Portal Amazônia
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